A lubrificação é um cuidado importante que precisamos ter quando falamos de rolamentos.  Entender com mais detalhes a funcionalidade do seu equipamento e associar a isso uma escolha correta dos lubrificantes, vai garantir segurança operacional, vida útil, produtividade e claro, um bom funcionamento das máquinas. Vamos falar um pouco sobre os aspectos que circulam este cuidado.

A importância da Lubrificação

Obviamente, reduz o atrito entre superfícies. A graxa ou o óleo lubrificante realiza essa tarefa a partir de um filme (ou película), que inibe o contato direto entre as duas superfícies, reduzindo o desgaste e a força necessária para colocar o sistema em movimento.

Todos os rolamentos devem ser lubrificados para evitar que se produza contato metálico entre os elementos rolantes. Além de reduzir o atrito, a lubrificação também tem a função de refrigerar ou esfriar, inibindo superaquecimento do dispositivo; reduzir vibrações que podem causar danos ao equipamento; proteger contra corrosão e impurezas; além de atuar como isolante e como vedante.

A escolha correta do lubrificante

Depende principalmente das condições operacionais envolvendo a faixa de temperatura e as velocidades, bem como da influência do ambiente ao redor.

Todos os lubrificantes perdem gradualmente suas propriedades de lubrificação como resultado de trabalho mecânico, envelhecimento e acúmulo de contaminação. Portanto, é necessário que o óleo seja filtrado e trocado em intervalos regulares e a graxa seja recarregada ou renovada.

Vamos conhecer os quatro tipos básicos de lubrificantes:

  • Líquidos: que podem ser subdivididos em minerais, sintéticos ou mistos. A sua propriedade principal é a sua viscosidade, mas também possuem outras características, que variam de acordo com os aditivos com os quais são fabricados;
  • Sólidos: são geralmente empregados em aplicações de elevada temperatura, como o grafite;
  • Graxas: são utilizadas quando é importante reter o lubrificante no local de aplicação e não há outra forma de desempenhar essa tarefa;
  • Gases: são utilizados para lubrificação apenas em aplicações específicas.

Na hora de escolher um lubrificante, você deve sempre adotar o óleo conforme as recomendações do fabricante do equipamento. O principal aspecto a ser analisado é a viscosidade e a sua variação com relação à temperatura (indicada pelo índice de viscosidade), embora para cada aplicação haja aspectos específicos a serem analisados, como tipo do equipamento, ambiente, corrosão, entre outros.

A viscosidade de um óleo pode ser definida como a resistência deste a uma tensão de cisalhamento. Basicamente, um óleo de baixa viscosidade gera um filme fino, sendo insuficiente para evitar o contato das duas superfícies satisfatoriamente. Por outro lado, um óleo de viscosidade acima da recomendada para o equipamento pode gerar um atrito maior, causando superaquecimento, além de não possuir a fluidez necessária para ser distribuído por todo equipamento na taxa recomendada.

Lubrificando Corretamente

A temperatura de funcionamento mais favorável para um rolamento é obtida quando se usa o mínimo de lubrificante necessário para garantir o bom funcionamento. Essa quantidade de lubrificante depende das funções de cada rolamento.

Os rolamentos podem ser lubrificados com a utilização de graxa ou óleo, e em casos especiais, de um lubrificante sólido. Os rolamentos axiais de agulha ou roletes devem ser lubrificados com óleo, devido à estrutura de seu projeto mecânico, sendo que o seu uso com graxa se limita a casos nos quais se tem uma velocidade baixa.

Nos rolamentos axiais de esfera e de rolete, graxas como fluidos sintéticos ou óleos minerais engrossados devem ser utilizadas como lubrificante, considerando as condições normais de velocidade, temperatura e carga.

Lubrificação por óleo

Utiliza-se lubrificação por óleo quando as condições de trabalho apresentam altas velocidades e temperaturas, de modo que o uso de graxa ultrapassa o seu ponto de gota, que é a temperatura máxima de utilização da graxa.

Para aumentar a vida útil do rolamento, todos os métodos de lubrificação de rolamento que utilizam óleo limpo são preferidos, ou seja, lubrificação com óleo circulante bem filtrado, método de jato de óleo e o método de lubrificação por atomização com óleo e ar filtrado.

O óleo também é empregado em situações nas quais é necessário dissipar o calor gerado por um rolamento externo ou quando as peças adjacentes da máquina já estão lubrificadas com óleo.

O método de lubrificação mais simples é o banho de óleo, porém ele só pode ser adotado para pequenas velocidades. Nesse caso, o óleo é colhido por elementos giratórios do rolamento e depois circula através do mesmo até voltar ao depósito. Quando o rolamento não gira, o óleo deverá ter um nível ligeiramente abaixo do centro da esfera ou do rolete que ocupa a posição mais baixa.

Há também a lubrificação com vapor de óleo, que é produzida por um pulverizador e consiste em transportar gotículas de óleo por meio de uma corrente de ar. Esse procedimento permite a lubrificação com pequenas quantidades de óleo, dosificadas com exatidão. Ele é usado com muita frequência para rolamentos que giram a grandes velocidades, como eixos de máquinas retificadoras.

Para rolamentos de esferas e roletes, são utilizados, sobretudo, óleos minerais e sem aditivos. Os óleos que contêm aditivo para melhorar algumas propriedades (resistência da película lubrificante, oxidação, entre outros) são requeridos normalmente para condições excepcionais de funcionamento.

A viscosidade é a propriedade mais importante de um óleo lubrificante. Porém, ela diminui com o aumento da temperatura. Por isso, para rolamentos de grandes velocidades, a viscosidade não deverá ser muito alta, para evitar alta fricção e aumento excessivo da temperatura.

Para rolamentos de tamanhos médio e grande, a viscosidade na temperatura de funcionamento não deverá ser inferior a 0,000012 m²/s. São utilizados frequentemente óleos menos viscosos em rolamentos pequenos para grandes velocidades com o objetivo de reduzir a fricção.

Para aplicações de rolamentos em que as velocidades e a temperatura de funcionamento fazem com que a lubrificação com óleo seja necessária e uma alta confiabilidade seja exigida, é recomendado o método de lubrificação de anel de coleta de óleo.

A operação em altas velocidades faz com que a temperatura de funcionamento aumente, acelerando o envelhecimento do óleo. Para evitar trocas frequentes de óleo e conseguir um melhor desempenho, o método de lubrificação de óleo circulante geralmente é o mais indicado.

Como Escolher a Graxa

A graxa pode ser utilizada para lubrificar os rolamentos em condições operacionais normais na maioria das aplicações. Ela se mostra mais vantajosa que o óleo por aderir mais facilmente no arranjo do rolamento, especialmente onde os eixos estão inclinados ou estão na vertical, e também por contribuir para vedar o arranjo contra contaminantes, umidade ou água.

Ao selecionar uma graxa, os fatores mais importantes a serem analisados são a consistência, a temperatura e as propriedades antioxidantes. A consistência de uma graxa depende do tipo e da quantidade do agente espessador.

A consistência não deve estar sujeita a grandes amplitudes de temperatura e esforços mecânicos, pois a graxa se liquefaz com elevadas temperaturas, podendo escapar do rolamento ou do suporte, e enrijece a baixas temperaturas, podendo frear a rotação do rolamento.

Porém, quantidades excessivas de graxa farão com que a temperatura de funcionamento do rolamento aumente rapidamente, especialmente ao trabalhar em velocidades altas. Em geral, na partida, apenas o rolamento deve estar totalmente preenchido, enquanto o espaço livre na caixa deve estar parcialmente preenchido com graxa.

Seguindo essas orientações, você será capaz de lubrificar um rolamento com muito mais eficiência e assegurar o bom funcionamento de suas máquinas.

Conheça os serviços da TRM! Nossos rolamentos são produzidos com agilidade, qualidade e o melhor custo benefício. Temos um time de engenheiros prontos para atender qualquer demanda industrial. , fale conosco!

 

 

Equipe TRM – Juntos venceremos essa batalha!

 

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A tecnologia na indústria avançou muito nas últimas décadas. Houve inúmeros avanços inovadores que revolucionaram o modo como as coisas são feitas. A internet é, agora, uma parte importante de qualquer negócio, e nenhuma marca pode fazer negócios sem estar conectada.

  • Software de computador,
  • Análise de big data,
  • Fibra ótica,
  • Drones
  • Reconhecimento de imagem,
  • Inteligência artificial;

E outras tecnologias têm agora um grande papel a desempenhar em diferentes setores industriais.
Neste artigo, vamos mostrar qual a importância do uso da tecnologia na indústria, ressaltando os benefícios que isso pode gerar. Quer entender mais? Então continue a leitura para conferir!

POR QUE É IMPORTANTE INVESTIR EM TECNOLOGIA NA INDÚSTRIA ATUAL?

Proprietários de pequenas empresas sabem da importância da tecnologia quando se trata de se comunicar com clientes, clientes em potencial, outros negócios e o mundo inteiro. Embora possa parecer complicado incorporar tecnologia mais profunda do que o Facebook, Instagram ou LinkedIn em um orçamento de pequenas empresas, isso é possível. E, historicamente, é crucial para o crescimento de um negócio, independente da forma ou do tamanho, investir em novas tecnologias.
Razões pelas quais todas as empresas devem dedicar alguns de seus fundos ao desenvolvimento de software e outras ferramentas tecnológicas:

1. DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE PODE MELHORAR O NEGÓCIO

O impacto da nova tecnologia nas empresas pode ser avaliado a partir da popularidade da computação em nuvem. Dessa forma, diversas empresas relatam melhor agilidade e capacidade de resposta depois de implementarem uma solução de computação em nuvem, como o SaaS.

2. INVESTIMENTOS TECNOLÓGICOS PODEM AJUDAR A CRIAR MELHORES INTERAÇÕES COM OS CLIENTES

Os chatbots são um sucesso entre o público mais jovem, com 60% dos millennials interagindo com um chatbot pelo menos uma vez. Não é surpresa, portanto, que o mercado de chatbot alcance 1,23 bilhão de dólares globalmente até 2025. Com os avanços no processamento de linguagem natural e a ascensão de assistentes de voz como o Alexa, da Amazon, os chatbots são capazes de fornecer respostas mais rápidas às consultas. Permitindo assim, melhores interações com os clientes.

COMO ESCOLHER AS MELHORES SOLUÇÕES TECNOLÓGICAS PARA A INDÚSTRIA?

Saber que as soluções de automação de processos existem é metade da batalha. A outra metade envolve determinar qual é a certa para a determinada organização, e fornecer justificativa além dos benefícios é fundamental. Para encontrar a solução que melhor se alinha às necessidades, é necessário passar algum tempo examinando o próprio processo e departamento.
A automação gera economia em toda a linha. Contas que são automaticamente conciliadas ou certificadas, por exemplo, liberam horas de tempo do contador, que pode ser realocado para atividades que agregam valor, como estratégia e análise.

QUAIS OS BENEFÍCIOS DO USO DA TECNOLOGIA NA INDÚSTRIA?

Aumento da produtividade devido à implementação de tecnologia nos negócios é a melhor maneira de reduzir os custos das empresas.
Por exemplo, como a maioria das empresas está usando software de gerenciamento de manutenção, é menos provável que os ativos de negócios adequadamente mantidos apresentem falhas. Outro ponto importante, as soluções de comunicação mais recentes também estão reduzindo os custos de viagens de negócios. Pois não haverá necessidade de atender um cliente face a face.

Os processos e operações de negócios automatizados são um dos principais benefícios da tecnologia para os negócios. Os computadores conectados à internet de alta velocidade permitiram que a força de trabalho e as autoridades na empresa colaborassem e discutissem as questões relacionadas aos negócios com mais eficiência do que nunca. Dessa forma, eles podem lidar melhor com várias tarefas e trabalhos relacionados a negócios, mesmo de longas distâncias.
A tecnologia muda a forma como as empresas e organizações trabalham para perseguir seus objetivos e metas de negócios. Eles podem realizar tarefas rapidamente usando diferentes dispositivos, máquinas e equipamentos para aumentar a produtividade e a eficiência no local de trabalho.

 

Equipe TRM
Fonte: FOCCOERP

 

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Em meio às disputas comerciais com os Estados Unidos, o gigante asiático traça a sua estratégia para a corrida industrial nos próximos sete anos.
O que as empresas brasileiras podem aprender com as estratégias industriais da China? Aparentemente, muita coisa deve mudar na abordagem do gigante asiático com relação às suas maiores empresas.

Em tempos em que o presidente Xi Jinping contorna uma relação comercial delicada com o presidente norte-americano Donald Trump, é hora de compreender mais detalhes sobre a estratégia que foi revelada ainda em 2015. Batizada de “Made in China 2025”, o projeto ambicioso dos chineses revela lições valiosas que podem ser empregadas na indústria global.

Abaixo elencamos 3 pontos importantes que vale refletir e exercitar nossa capacidade e preparo não para o futuro, mas para o hoje!

1- Fazer coisas é o que importa

Vivemos uma época em que muitas grandes empresas estão deixando de lado a manufatura de certos itens para apostar em serviços. De fato, essa é uma tendência da indústria mundial tão clara quanto a mudança da agricultura para a industrialização. Nos Estados Unidos, o setor de manufatura respondia por 30% da economia norte-americana na década de 50 e hoje não passa de 11%. Ainda assim, o país continua sendo o líder da economia global.
Diferentemente dos EUA, a China construiu uma sólida base industrial e seus cidadãos não gozam do mesmo padrão de vida que os estadunidenses. Por conta disso, apostar que uma migração contínua para os serviços seria um caminho natural pode decepcionar muita gente. O crescimento das indústrias é ainda um dos pilares mais fortes para o futuro do país.
Em muitos países, como no Japão ou na Alemanha, a manufatura continua tendo um papel forte na economia e esse cenário não deve mudar tão cedo. Por isso, a China entende que para o país crescer não é necessário acompanhar esse movimento e migrar em massa para o setor de serviços. Para eles, fazer coisas é o que continua importando.

2 – Como faremos as coisas importa ainda mais

A ideia de que o desenvolvimento de software, única e exclusivamente, é o que direciona os rumos do mundo na atualidade não é de todo verdadeira. Em outras palavras, podemos dizer que o software pode até ditar os rumos, mas são as máquinas e os itens que necessitam de fabricação que os levam para esses novos caminhos. Nem tudo pode ser resumido às possibilidades de virtualização.
A revolução digital da indústria 4.0  tem mudado a forma de como as indústrias fabricam os seus produtos, inclusive no Brasil. O uso de impressoras 3D, por exemplo, é uma grande amostra de como a evolução de software pode resultar em produtos físicos de melhor qualidade, mas ainda assim reais. E muitas vezes não podemos mensurar a evolução do software sem as coisas que são resultado deles.
A transformação da economia passa pela manufatura e encontrar novas formas, mais eficientes e menos onerosas, de fabricar coisas é um dos caminhos que precisa ser trilhado pelas indústrias. Exploração de novas formas e uso de materiais inéditos são apenas algumas dessas variáveis. Sairá na frente aquele que desenhar, prototipar, testar e fabricar os melhores itens.

3 – Faça suas apostas em alta tecnologia e infraestrutura

Para continuar sendo o gigante que é e crescer ainda mais se possível, a China está apostando em setores de alta tecnologia em manufatura como um diferencial de desenvolvimento. Biotecnologia, robótica, engenharia aeroespacial e pesquisa de novos materiais estão entre os pontos-chave para o país asiático. Na opinião deles, é dessas áreas que virão os principais itens que vão fomentar o desenvolvimento.

A ideia por trás disso não é apenas assumir o controle do topo da cadeia, mas também adicionar valor àquilo que é produzido no país. Em vez de fábricas que apostam na manufatura de itens com baixo valor agregado, a proposta é qualificar a mão de obra de forma a assumir a ponta no desenvolvimento de itens de alta tecnologia.

Para isso, serão necessários investimentos em infraestrutura. Só será possível obter crescimento e liderar esses movimentos de manufatura se as indústrias tiverem as condições adequadas para o pleno desenvolvimento. Inovações digitais são importantes, é claro, mas sistemas de transporte, meios de comunicação e geração de energia estarão no topo da pauta.
Será que alguns desses conselhos também não podem ser aplicados à sua indústria?

 

Equipe TRM
Fonte: Sage

 

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Introdução

Esta é a segunda parte do artigo que falamos sobre a Industria 4.0. Nossa proposta aqui é estimular a reflexão sobre os impactos na capacidade industrial de se reinventar neste novo cenário industrial neste horizonte.

Industria 4.0 e seus impactos

Para enxergar todos os benefícios da indústria 4.0, o gestor precisa ter uma visão estratégica dos negócios.
Investindo na modernização dos processos industriais, ele terá uma grande redução nos custos de produção.
Mas é claro que, antes de entrar com tudo na Quarta Revolução Industrial, é necessário um detalhado planejamento.
Mudam todos os processos e também o organograma da companhia.
Uma oportunidade para ter menos profissionais com função operacional e mais com incumbências estratégicas (o que pode ser um desafio, como veremos a seguir).
Desenvolver essa cultura organizacional de valorização da estratégia, é possível aproveitar ainda mais os pontos positivos da indústria 4.0.
Com máquinas inteligentes e o princípio da modularidade, é possível ter uma produção muito mais flexível.
Desse modo, o gestor, ao identificar demandas e tendências do mercado, poderá agir com muita velocidade para colocar um novo produto na rua.
Assim, a realidade da indústria 4.0 traz impactos positivos também para o público consumidor, que terá maior acesso a produtos personalizados, de qualidade e a um custo menor.

Impactos Negativos da Indústria 4.0

Sem dúvidas, é possível problematizar a indústria 4.0 por uma série de ângulos. Os ciberataques, por exemplo, já são um problema. Quanto mais conectada a empresa está, mais sujeita ele fica à espionagem industrial.
Outro possível impacto negativo da indústria 4.0 é a distribuição do poder a tecnocratas, aqueles que detém o conhecimento técnico a respeito das novas tecnologias.
Além da finalidade comercial, as inovações podem ser usadas para fins nobres, mas também para subjugar nações inteiras economicamente, acabando com seu mercado interno.
Outra questão que vale a pena ser mencionada é a utilização da inteligência artificial tambémpara fins escusos, como golpes, guerras e fake news (esse último um problema bastante em voga atualmente).
Mas nenhuma das questões que acabamos de mencionar preocupa tanto quanto os inevitáveis impactos da Quarta Revolução Industrial no mercado de trabalho.

O mercado de trabalho na era da Indústria 4.0

Como deixamos claro no início do texto, a indústria 4.0 potencializa a automação. O que basicamente significa que as máquinas assumem ainda mais funções humanas.
Para você ter uma ideia, até já saiu notícia de um robô-jornalista da Google, que projeta escrever 30 mil notícias por mês.
Claro que, com a nova realidade, surgem novas profissões, como o cientista de dados.
Sem contar que os profissionais cuja posição deixa de existir podem ser realocados para atividades estratégicas, como sugerimos antes.
Mas tudo indica que o saldo, no final, será negativo.
As máquinas inteligentes vão resultar em demissões no mundo todo.
Especialmente na Europa, governantes e economistas começam a planejar uma solução para esse problema.
Uma das ideias propostas é aperfeiçoar o Estado de bem-estar social que vigora com sucesso especialmente em países nórdicos, como a Dinamarca do economista Erik Brynjolfsson.
No livro A segunda era das máquinas, Brynjolfsson afirma que a sociedade precisa discutir a distribuição da prosperidade com urgência. Afinal, a indústria 4.0 trará riqueza para alguns, mas a demissão de milhões.
Em 2016, uma pesquisa feita junto a empresários de 15 economias estimou que as novas tecnologias suprimiriam até 7 milhões de postos de trabalhos em países industrializados nos cinco anos seguintes.
Para o economista dinamarquês, devem ser consideradas soluções como o aumento de impostos ou a renda básica universal.

Principais desafios da Indústria 4.0

Um dos grandes problemas da economia brasileira é que ela é baseada em serviços e em produtos de pouco valor agregado, altamente sujeitos à volatilidade do mercado internacional e com margens de lucro pequenas.
A indústria se encontra estagnada e pode-se dizer que estamos na rabeira tecnológica, mesmo se comparados a outros países em desenvolvimento.
Ou seja, implantar a realidade da Quarta Revolução Industrial é um desafio, tendo em vista que sempre engatinhamos nas revoluções anteriores.
Para não ficar para trás, o país precisa formar profissionais qualificados, para planejar, executar e gerenciar as inovações tecnológicas.
Além do conhecimento técnico, é necessário estimular a criatividade, proatividade e gosto de inovação. E ofertar uma melhor infraestrutura em logística e telecomunicações.

As mudanças nas empresas

Para os gestores, o primeiro passo é buscar a informação e procurem entender dos conceitos, princípios e pilares da indústria 4.0.
Assim, terão a possibilidade de mensurar de forma precisa todos os impactos e benefícios da implementação das novas tecnologias em suas empresas.
No caso do desafio da mão de obra qualificada, se não for possível encontrar o perfil de profissional desejado no mercado, a saída é investir na formação.
Basta identificar, entre os recursos humanos da empresa, os colaboradores com maior disposição e potencial para aprender as aptidões necessárias.
Investir na formação de um especialista pode até ser mais vantajoso do que contratar alguém de fora, pois o profissional já conhece a cultura organizacional da empresa, e a tendência é que, para retribuir o investimento, seja leal a ela.
Quais cursos fazer para ficar atualizado?
A Fundação Instituto de Administração (FIA) é referência entre as escolas de negócio do país.
Mesmo com toda a sua tradição, volta-se para o futuro e tem uma série de cursos para preparar os gestores aos desafios da indústria 4.0.
o de TI e desenvolver habilidades de gestão e liderança na área.

Conclusão

A indústria 4.0 pode até demorar para se difundir completamente no Brasil. Mas ela já está aí.
É uma tendência global inevitável: as máquinas serão cada vez mais inteligentes e os processos de produção continuarão se alterando.
Em vez de temer a tecnologia, é preciso se antecipar aos desafios que a nova realidade vai trazer e pensar em maneiras de potencializar seus impactos positivos.
O primeiro passo, que é buscar mais informações sobre o assunto, você já deu lendo este artigo.
Agora busque a qualificação com os cursos da FIA e comece a pensar na formação de seus colaboradores também.

Equipe TRM
Fonte: FEI

 

A corrida pela inovação Digital na Mineração

Com os lucros baixos, as mineradoras estão focadas em melhorar sua produtividade e a inovação digital pode fornecer esse avanço necessário.

indústria global de mineração está sob pressão. No curto prazo, a queda dos preços das commodities está comprimindo o fluxo de caixa. Olhando para o futuro, muitas minas existentes estão amadurecendo. Resultando na extração de teores de minério mais baixos e maiores distâncias de transporte da face da minas. Assim como as taxas de reposição de minério estão em declínio e os tempos de desenvolvimento de minas novas estão aumentando. Além disso, as operações de mineração em todo o mundo são 28% menos produtivas hoje do que há uma década.

A indústria mudou seu foco para melhorar a produtividade “espremendo” os ativos existentes, mas essa estratégia de curta duração. Apesar dos altos e baixos do setor, a natureza da mineração permaneceu a mesma por décadas e atingir um avanço no desempenho da produtividade exige repensar como a mineração funciona.

Neste artigo, descrevemos uma série de tecnologias digitais há muito tempo em andamento e que agora estão disponíveis e acessíveis o suficiente para se tornarem operacionais em escala para toda a indústria de mineração.

Suas aplicações incluem a construção de uma compreensão mais abrangente da base de recursos, a otimização do fluxo de materiais e equipamentos, a melhoria da antecipação de falhas, o aumento da mecanização por meio da automação e o monitoramento do desempenho em tempo real.

Sozinhas, cada uma dessas oportunidades tem potencial real. Já juntas, elas representam uma mudança fundamental tanto na melhoria da segurança, como no valor que pode ser captado no setor de mineração. Descrevemos essas oportunidades e levantamos várias questões-chave que os mineiros devem fazer a si mesmos enquanto navegam nessa jornada.

O imperativo de produtividade

Nossa análise mostrou que a produtividade global da mineração diminuiu 3,5% ao ano na última década. Essa tendência é evidente em commodities, geografias e na maioria das empresas de mineração. Embora haja debate sobre a causa do declínio, há um acordo universal de que esse desempenho é insustentável. À medida que a perspectiva da indústria se deteriorou, a maioria das empresas de mineração arquivou ou reduziu os planos de expansão e voltou a concentrar-se em fazer mais com menos. O resultado foi que a produtividade da mineração se nivelou e até começou a se recuperar em alguns locais e commodities.

Mas ainda há um potencial significativo inexplorado para a melhoria da produtividade. Uma maneira de entender a ordem de grandeza é comparar a mineração a outras indústrias, como a produção de petróleo e gás, aço e refinamento de petróleo. Com base em nosso benchmarking, observamos um desempenho médio global da eficácia de equipamentos (OEE) de 27% para mineração subterrânea, 39% para mineração a céu aberto e 69% para britagem e moagem – comparado com 88% para produção de petróleo e gás, 90% para o aço e 92% para o refinamento de petróleo.

Naturalmente, a mineração difere de outras indústrias de várias maneiras. É altamente variável, começando pela incerteza sobre a natureza do recurso sendo extraído. As operações de mineração geralmente ocorrem em ambientes extremos e em locais distantes. Mover as máquinas operadoras para o local de trabalho (seja transportando-as por aviões, movendo-as no subsolo ou com uso de outras máquinas) pode consumir tempo precioso por si só. E as tensões e estresses colocados em equipamentos de mineração por rochas de tamanho e dureza imprevisíveis resultam em danos e problemas frequentes.

Mas este é exatamente o ponto central. Planejamento inteligente e coordenação de atividades são necessários para mitigar a variabilidade causada por forças externas. Dessa forma, é necessária uma execução disciplinada para eliminar a variabilidade que os mineiros criam. O caminho para uma mudança na produtividade da mineração virá através da redução e, quando possível, da eliminação da variabilidade que tornou a mineração única.

Um ponto de inflexão para o setor de mineração

Acreditamos que a indústria de mineração está em um ponto de inflexão, no qual as tecnologias digitais têm o potencial de criar novas maneiras de gerenciar a variabilidade e aumentar a produtividade. A adoção em grande escala de quatro diferentes grupos de tecnologias está se acelerando:

Dados, poder computacional e conectividade

A incorporação de um grande número de sensores em objetos físicos – produzindo grandes volumes de dados para análise e permitindo a comunicação entre máquinas – é cada vez mais acessível. Redes inteligentes podem relatar o uso de energia em milhões de lares; os sensores em poços de petróleo remotos de águas profundas fazem com que os sinais de alerta pisquem no centro de controle central quando surgem problemas. Mineradores já produzem grandes quantidades de dados de sensores, potencialmente permitindo-lhes obter uma imagem mais precisa e consistente da realidade na face rochosa do que nunca.

Análise e inteligência

Os avanços na análise, desde o aprendizado de máquina até as técnicas estatísticas aprimoradas para a integração de dados, ajudam a transformar vastos conjuntos de dados em insights sobre a probabilidade de eventos futuros.

Empresas de telecomunicações, por exemplo, usam algoritmos inteligentes para prever a rotatividade de clientes; os varejistas os empregam para apontar ofertas aos clientes. Do mesmo modo, tarefas complexas de mineração, como modelagem geológica, programação diária e manutenção preditiva, estão cada vez mais no domínio de algoritmos inteligentes de estatística e otimização.

Interação homem-máquina

Os smartphones de consumo e outros dispositivos móveis transformaram a maneira como as pessoas interagem não apenas umas com as outras, mas também com máquinas. Os consumidores confiam em seus smartphones para orientar rotas, reservar táxis e monitorar sua saúde. Aplicações essas que também estão se espalhando rapidamente no campo industrial.

Um exemplo são os óculos “inteligentes” que fornecem instruções aos trabalhadores que trabalham em uma linha de montagem ou a um trabalhador que realiza reparos em equipamentos, aprimorando as disciplinas operacionais. Outro exemplo é a roupa de trabalho que incorpora sensores que transmitem dados aos gerentes sobre condições perigosas e sobre a condição física dos próprios trabalhadores, melhorando os resultados de segurança.

Conversão digital para físico

Os avanços na robótica estão tornando o equipamento totalmente autônomo mais acessível e eficaz. Na manufatura, o custo dos robôs industriais caiu 50% desde 1990, enquanto os custos trabalhistas nos EUA aumentaram 80% no mesmo período.

Enquanto isso, os avanços tecnológicos em áreas como inteligência artificial estão aumentando a sofisticação da robótica e expandindo suas aplicações produtivas. Na mineração, o uso de controle remotos e equipamentos de controle assistido está se tornando comum. E a implantação de equipamentos totalmente autônomos está tomando conta do transporte, da perfuração e de outros processos.

Quando juntas, essas tecnologias permitem uma mudança fundamental na maneira como a mineração funciona. Uma mudança marcada pelo aproveitamento do fluxo de informações para reduzir a variabilidade na tomada de decisões e pela implantação de operações mecanizadas mais centralizadas para reduzir a variabilidade na execução.

O próximo horizonte de desempenho

Nossa visão é de que o maior impacto virá da incorporação dessas tecnologias como um todo integrado em toda a cadeia de valor da mineração.

Maior compreensão da base de recursos

Poucas perguntas entusiasmam mais os executivos de mineração que esta: e se você soubesse exatamente o que havia no solo e em que local?

A jornada de desenvolvimento da percepção de recursos, desde a exploração até o planejamento de minas de curto prazo, está frequentemente dispersa por fronteiras organizacionais, fontes de dados e diferentes modelos geológicos.

Hoje, as mineradoras podem obter um conhecimento de recursos muito melhor, combinando informações do modelo do corpo de minério com dados de perfuração e de amostragem online. Técnicas estatísticas para dar sentido aos dados de exploração têm o potencial de melhorar a probabilidade de descoberta e ajudar a direcionar a perfuração adicional para maximizar os ganhos de informação.

A integração da informação geológica em uma melhor fonte universal de verdade ajuda a otimizar os padrões de perfuração e explosão, criar um plano de mineração executável e evitar problemas de qualidade na fonte. Com esses aprimoramentos, as atividades tradicionais, como registro de núcleo, inspeções de face e testes de plantas manuais, não serão mais necessárias.

Otimização do fluxo de materiais e equipamentos

Em essência, as cadeias de suprimentos de mineração são sistemas interdependentes de múltiplas peças de equipamentos fixos e móveis.

Ferramentas e métricas como OEE são uma base sólida para melhoria operacional, mas não conseguem entender a complexidade do sistema. Dados em tempo real e melhores mecanismos analíticos estão possibilitando as decisões de agendamento e processamento que maximizam a utilização de equipamentos e rendimentos.

Um exemplo é o poço da mina, onde combinar o despacho tradicional com algoritmos inteligentes pode otimizar os movimentos da máquina para obter a máxima eficiência. Outra é em plantas de processamento, onde o nosso trabalho sugere que muitos operadores de plantas têm pontos cegos em compreender os impulsionadores de rendimento.

Ao aplicar novas técnicas matemáticas que buscam relações ocultas entre variáveis de segunda e terceira ordem. Descobrimos que os rendimentos de ouro, níquel, fosfato e outros minerais processados podem ser melhorados em 3 a 10% em alguns meses.

Melhor antecipação de falhas

Empresas de mineração normalmente coletam enormes quantidades de dados de furadeiras, caminhões, plantas de processamento e trens. No entanto, raramente essa informação é usada para gerar insights. Em alguns casos, os mineiros usam menos de 1% das informações coletadas de seus equipamentos.

Implementar o uso dessas informações para estimar a probabilidade de falha de componentes específicos – em vez de usar uma abordagem tradicional baseada em tempo – ajuda a reduzir gastos de manutenção e evitar interrupções não planejadas que custam toneladas.

Maior mecanização através da automação

A automação oferece o potencial para reduzir os custos operacionais, melhorar a disciplina operacional e tirar as pessoas de situações de risco. Algumas tecnologias, especialmente o transporte automatizado e a perfuração, passaram a ser comercializadas em larga escala, enquanto outras, particularmente as de jateamento e escavação automatizadas, estão sendo testadas.

Nossa análise sugere que a economia do transporte é sólida – reduzindo o custo total de propriedade entre 15 e 40%, dependendo do custo do trabalho -, embora os mineradores devam gerenciar várias partes do projeto em torno da instalação do poço, da configuração do equipamento e das transições operacionais.

Além disso, nosso trabalho no desenvolvimento de operações de mineração automatizadas identificou oportunidades para reduzir o número de pessoas que trabalham em áreas consideradas mais perigosas em mais de 50%.

Monitoramento do desempenho em tempo real versus plano

Um dos benefícios de monitorar dados em tempo real é saber o estado e a localização de cada equipamento em uma operação de mineração a cada segundo – e, em particular, se ele está operando de acordo com o plano.

Essa percepção em tempo real dá um novo significado ao gerenciamento do desempenho das operações. Mudando dessa forma o foco da atenção da produção mensal para um foco na variabilidade e na conformidade com o plano.

Além disso, conectar esse feedback em tempo real a um centro operacional central não apenas possibilita uma resposta em tempo real. Mas também transfere o controle para uma capacidade de tomada de decisões mais sofisticada no centro, que pode realizar ações para otimizar as operações em toda a cadeia de suprimentos em vez de locais isolados.

Esse recurso pode ser implantado para melhorar os resultados de segurança, detectando desvios das condições de operação esperadas e mantendo a alta utilização do equipamento e o baixo custo operacional, de acordo com os planos operacionais.

Cada oportunidade dessas é significativa em si mesma, mas alcançar todo o potencial de todas as oportunidades só é possível se elas forem desenvolvidas de maneira integrada. Nós vemos três razões para isso.

  • Primeiro, a tecnologia física necessária para automação fornece o fluxo de informações em tempo real que forma a base para melhores insights. Os investimentos em automação são mais bem feitos ao lado de investimentos em sistemas e ferramentas que criam uma base para uma melhor tomada de decisão.
  • Segundo, com o tempo, essas decisões serão realimentadas em máquinas autônomas, não em operadores humanos. O valor real de concluir esse loop estará no aprendizado que ele fornece – decisões e ações consistentemente registradas que, trabalhando com algoritmos de aprendizado de máquina, serão continuamente aprimoradas para melhorar a cada interação.
  • Por último, uma vez que parte do sistema existe em uma plataforma digitalizada, há benefícios reais, ou efeitos de rede, para estendê-lo ao longo da cadeia de suprimentos. Quanto mais dados acessíveis aos algoritmos de tomada de decisão, mais eficazes eles se tornam. Quanto mais atividades operacionais forem sistematizadas e registradas, mais elas se tornarão dados valiosos por si mesmas. E quanto mais amplo o escopo dos algoritmos de tomada de decisão, mais eles refletem os melhores resultados de toda a empresa para a operação.

Uma cadeia de suprimentos de mineração totalmente integrada e automatizada pode não ser universalmente realizada em um futuro próximo, mas é mais do que ficção científica de mineração – é o ponto final lógico em uma série de implementações de tecnologia que as empresas de mineração já iniciaram.

E é o resultado que move a indústria de mineração mais perto de reduzir e gerenciar melhor a incerteza, e desse modo conseguir ganhos de segurança e produtividade necessários. Assim, vemos isso como um destino natural; a questão é quanto tempo levará para chegar lá e navegar com sucesso pela jornada.

Navegando na jornada

Capturar o valor das inovações digitais representa uma mudança fundamental na visão, estratégia, modelo operacional e recursos no setor de mineração. Em particular, grande parte da criação de valor na mineração mudará de quão bem a operação move o material para o quão bem ele coleta, analisa e age sobre a informação para mover o material de forma mais produtiva.

Esta será uma mudança difícil, e só terá sucesso se a liderança da indústria acreditar que há um grande prêmio no final. Nossa análise indica que a oportunidade é de fato considerável – com um potencial impacto econômico de cerca de US $ 370 bilhões por ano em todo o mundo em 2025. Isso representaria 17% da base de custos projetada da indústria globalmente em 2025.

A tecnologia é vista como um fim em si mesma ou esse esforço está firmemente fundamentado na criação de valor?

Os mineiros devem resistir à tentação de buscar inteligência à custa de valor. É difícil criar um departamento que possa integrar problemas de negócios e a aplicação prática de tecnologias. A chave para isso é ter equipes multifuncionais que entendam as operações de mineração e as tecnologias, integrem novas tecnologias nas operações e mensurem os seus impactos.

A tecnologia é vista como a próxima geração de equipamentos maiores e melhores ou uma mudança mais fundamental no modelo operacional?

Enxergar a tecnologia como a próxima geração de equipamentos para reduzir a contagem direta poderia levar a oportunidades perdidas de integrar dados em tempo real com a tomada de decisões. A tarefa de integrar dados na tomada de decisões em todo o planejamento central e local, e em toda a extensão das operações do poço ao porto, está tornando os mineradores mais parecidos com os engenheiros de sistema do que com os movedores de lama. As empresas de mineração devem ser capazes de obter o conjunto de habilidades de integração de sistemas para maximizar a criação de valor.

Com que eficácia as mudanças de pessoas são gerenciadas, tanto a mudança de cultura quanto a mudança no mix de capacitação necessária para implantar novas tecnologias?

Do nosso trabalho em big data em todos os setores, sabemos que a tecnologia – dados, análises e sistemas – é apenas parte da resposta. São necessárias mudanças nos processos e nas pessoas para implementar de maneira mais eficiente a tecnologia e as novas formas de trabalho que ela possibilita.

Mineradoras bem-sucedidas definirão uma visão integrada dos dados aos sistemas, dos processos centrais às capacidades das pessoas, reconhecendo que as novas tecnologias só criam valor se mudarem a forma como as pessoas trabalham e tomam decisões.

Quão bem se faz a administração no início, balanceando vitórias de mais de 12 a 18 meses para criar impulso com uma visão de longo prazo de para onde a empresa está se dirigindo?

O conceito de inovação tem duas velocidades – uma abordagem ágil para perseguir os itens mais acessíveis, combinados com uma abordagem mais ponderada para mudar os principais sistemas e arquiteturas – já se tornou algo comum. A abordagem para aplicar novas tecnologias na mineração deve seguir esse mesmo princípio.

Uma prioridade é colocada na obtenção de ganhos no curto prazo para mostrar valor e construir os recursos necessários para extrair valor da tecnologia. Ao mesmo tempo, os sistemas de controle, os sistemas de TI e a arquitetura de dados de muitas empresas de mineração precisaram de uma transformação abrangente para suportar a implantação da nova tecnologia em grande escala. Os jogadores de sucesso encontrarão maneiras de fazer as duas coisas.

Quão bem a organização se adapta ao novo conjunto de oportunidades?

Em muitas empresas de mineração, muitas vezes não há um executivo designado como o responsável pela inovação. Além disso, aproveitar essa oportunidade com o conjunto de recursos já existentes ou usando os dados, métricas e orçamentos atuais provavelmente resultará apenas em uma continuação do status quo.

Para que essas mudanças aconteçam, as empresas de mineração devem adaptar suas organizações criando uma clara responsabilidade entre os principais executivos. Refinando o design organizacional para criar funções seniores significativas para pessoas com habilidades técnicas e redesenhando o processo anual de planejamento e gerenciamento de desempenho para criar espaço para a inovação.

Em suma

A mineração sempre foi marcada pela incerteza e variabilidade, desde os recursos no solo até o estresse no equipamento e o clima. Essas dinâmicas são fundamentais para o desempenho operacional do setor. A chave para a próxima era na mineração é reconhecer que essa situação não é mais inevitável – que, com os investimentos certos, os mineradores têm a oportunidade de reduzir e, em alguns casos, eliminar a incerteza.

Com o tempo, o trabalho de mineração evoluirá para empregos baseados em conhecimento que resolvam os mesmos desafios de hoje, mas o fazem por diferentes meios. As empresas de mineração que reconhecerem esta tendência hoje e melhor navegarem nas mudanças à frente serão as vencedoras de amanhã.

Equipe TRM
Fonte: hubi40

 

Primeiro e mais importante

Para cada projeto existe um rolamento específico que irá atender uma necessidade operacional, mas em comum, todos os rolamentos precisam atenções básicas como: matéria prima de qualidade, engenheiros mecânicos experientes e bem preparados, Segurança para quem compra e Agilidade de quem produz.

 

Rolamentos Industriais

Em geral são mais exigentes que os aplicados em comércio ou ambiente doméstico, pela própria agressividade do ambiente em chão-de-fábrica. A despeito da diferenciação, os padrões industriais acabam se estendendo para o comércio e aplicações domésticas, pois uma vez identificada a “receita” para satisfazer a indústria, é vantajoso fidelizar a clientela com um padrão de qualidade superior ao da concorrência.

Rolamentos industriais pouco diferem dos de uso comercial, exceto talvez pelo porte: nos dois casos, geralmente são componentes altamente solicitados, que, em caso de falha, provocam prejuízos, em razão da parada do equipamento, das despesas para a reposição do componente, e da mão-de-obra de substituição.

Geralmente, os rolamentos são fáceis de analisar via diagnósticos, possibilitando detectar microfissuras ou deformações, riscos ou erosões. É possível antecipar defeitos muito antes que se tornem problemáticos de fato, e escolher a ocasião mais propícia para a manutenção.

Altamente repetitivos, os rolamentos produzem ruídos cíclicos, fáceis de capturar em analisadores de vibrações, podendo mesmo chegar a produzir ruídos audíveis. A manutenção preditiva evita que os danos se propaguem para além do componente alterado.

Concepção

Componente certo para a aplicação correta: a chave é escolher entre rolamentos axiais, radiais, mistos, autoalinháveis; de esferas, de roletes cilíndricos ou cônicos, eventualmente de agulhas; abertos ou selados. E o porte. E o limite de rotação.

Matéria-prima

Embora nada impeça de se usar um rolamento industrial de aço inóx, o aço-Carbono pode produzir resultados igualmente duradouros. O aço inóx definitivamente não é indestrutível. E um rolamento industrial não se limita a pistas e esferas (ou roletes): incluem a estrutura da gaiola, retentores, e lubrificação.

Processo

Tanto as pistas como as esferas passam por processos que visam aproximá-las da perfeição: moldadas de modo a apresentar índices de isotropia adequados para a finalidade, são sujeitas a processos físicos para a aquisição do formato adequado, abaulamento ou esfericidade suficientes.

As pistas passam por processo de espelhamento. O passo seguinte é o tratamento superficial, seguido de endurecimento em fogo, que igualmente alivia tensões acumuladas no aço.

Eventuais truques de fabricação podem vir a ser úteis, como “casamento” entre componentes com dimensões semelhantes ou complementares, massas semelhantes, escolhidos através de medições classificatórias ou separação mecânica, eventual escolha de um ou mais componentes para “fechar” um conjunto sem risco de travamento; testes em processo, adição de massas para balanceamento, etc.

Somente os fabricantes podem confirmar que tipos de cuidados são adotados. O ensaio final é geralmente o ponto-chave: cada rolamento é submetido a rotação próxima ao limite especificado, e analisado quanto aos níveis de ruído acústico e supersônico: eventuais partículas liberadas podem apresentar interesse para a diagnose dos componentes e do processo. Caso este seja saudável, uma percentagem expressiva dos rolamentos será plenamente aprovada na inspeção.

Homocinéticos

Este é um subproduto da tecnologia dos rolamentos. É uma engenhosa combinação que possibilita uma junta flexível nas três dimensões, mas assegura a transmissão de torque na proporção de 1:1. Este componente transmite tração do semi-eixo ao cubo dianteiro, devendo flectir-se com atrito mínimo, assegurando torque de mesma intensidade nas duas rodas.

É uma junta baseada em esferas, confinadas em cápsula metálica previamente usinada; a montagem depende de ajuste fino computadorizado, e, uma vez desmontado, um homocinético é virtualmente impossível de remontar manualmente, levando em consideração que as esferas, muito semelhantes entre si, são ajustadas para adequação exata com a canaleta correspondente.

O resultado é um conjunto que trabalha sem ser notado, chegando a giros de 1.500 RPM ou mais, e opera imerso em graxa, sujeita a substituição periódica.

Equipe TRM
Fonte: Correio Brasiliense

 

Para quem vive no mercado de rolamentos, certamente já ouviu falar sobre os rolamentos de rolos, axiais, esféricos, agulha, etc. Mas você conhece a ampla gama de variações de tipos de rolamentos que existem?  Reunimos neste artigo de forma resumida alguns dos principais tipos de rolamentos e suas principais caraterísticas e modelos. 

 

ROLAMENTOS CILINDRICOS

O rolamento de rolos cilíndricos é constituídos, em sua maioria, de uma carreira de rolos com gaiola. No entanto, podem ser encontrados rolamentos deste tipo de duas carreiras, de várias carreiras, sem gaiola, de uma, duas ou várias carreiras. Podem suportar cargas radiais pesadas, acelerações rápidas e velocidades elevadas

Tipos Principais

  • Tipo E
  • Tipo HT
  • Dupla Carreira
  • Tipo SL
  • Quatro Carreiras
  • Rolamentos Radiais de Rolos Cilíndricos

ROLAMENTOS CÔNICOS

Os rolamentos de rolos cônicos têm pistas de anel, interno e externo, cônicas e rolos cônicos. Eles são adequados para suportar cargas cominadas, ou seja, cargas axiais e radiais atuando simultaneamente. As linhas de projeção das pistas convergem em um ponto comum no eixo do rolamento.

 

Principais Características

  • Rolamentos de Rolos Cônicos Com Duas Fileiras de Rolos
  • Rolamento de Quatro Carreiras de Rolos Cônicos
  • Rolamentos de Rolos Cônicos ECO-Top
  • Rolamentos de Rolos Cônicos Com Uma Fileira de Corpos Rolantes

 


ROLAMENTOS AUTOCOMPENSADORES

Possuem duas carreiras de esferas ou rolos, com uma pista esférica comum no anel externo e duas pistas no anel interno inclinadas em um ângulo em relação ao eixo do rolamento. O ponto central da esfera na pista do anel externo fica no eixo do rolamento

No final da Segunda Guerra Mundial, os japoneses desenvolveram tecnologias que fizeram progressos substanciais a respeito deste produto. Assim, para cada tipo de aplicação, solicitação de forças ou tipo de ambiente, existe um tipo de rolamento. Desta forma, dentro da infinidade possível, temos rolamentos de esferas, rolos ou agulhas, rolamentos radiais ou axiais e também autocompensadores e séries especiais, desenvolvidas para uso específico em situações onde nenhum destes, conhecidos como “de prateleira”, são usados. Mais abaixo, você conhecerá  alguns fabricantes parceiros.

 

Rolamentos autocompensadores de esferas – tem uma pista do anel externo que juntos forma uma superfície onde o centro é comum ao centro do rolamento, o anel interno é constituído por duas pistas. Ele é capaz de se alinhar sozinho e compensar as possíveis irregularidades de acabamento do eixo, erros de montagem e outras possíveis situações.

Os rolamentos autocompensadores de rolos – são fabricados por um anel externo que possui uma pista esférica operam duas carreiras de rolos. Por ser um rolamento autocompensador ele foi projetado com propriedades autocompensadoras, por isso seu uso é indicado em ocasiões que ocorram deslizamentos entre os anéis em função dos erros.

 


ROLAMENTOS RÍGIDOS DE ESFERA

São rolamentos versáteis, de concepção simples, do tipo não separável. São indicados para velocidades elevadas e extremamente elevadas, resistentes em operação e exigem pouca manutenção.

Tipos Principais

  • Rígidos de Esferas
  • Contato Angular
  • Axiais de esfera de escora simples
  • Axiais de esferas com contato angular
  • Um carreira de esferas
  • Duas carreiras de esferas

 


ROLAMENTOS DE AGULHA

Um rolamento de agulha é um tipo de rolamento que apresenta elementos de rolos que são mais finos do que os tradicionais rolamentos. Devido aos seus diâmetros consideravelmente menores, o rolamento de agulhas é idealmente adequado para aplicações em que a redução de altura de rolamento é necessária.

Características

Há muitas configurações diferentes de rolamentos de agulhas disponíveis para satisfazer uma vasta gama de aplicações. Estes incluem rolamentos selados ou abertos e exemplos que incluem pistas externas flangeadas para maior estabilidade lateral. Rolamentos de agulhas em gaiolas de aço ou bronze possuem um número reduzido de rolos de orientação de posicionamento constante, que resulta em fricção reduzida. Isto aumenta o atrito co-eficiente do rolamento, mas também aumenta a sua estabilidade e capacidade de suporte de carga.

 


ROLAMENTOS AXIAIS

Tipos Principais

  • De esfera de escora simples
  • De sferas com contato angular
  • Autocompensadores de rolas
  • Rolos cilíndricos
  • Rolos Cônicos

Os rolamentos axiais podem ser de vários tipos: Axiais de Esferas de Escora Simples, Axiais de Esferas de Escora Dupla e Rolamentos Axiais de Agulhas.


 

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Segundo a Associados Distribuidores e Importadores de Rolamentos e Peças Industriais (ADIRPI), o Brasil atualmente tem em circulação/uso 20% dos rolamentos e peças industriais falsificados. O impacto deste mercado afeta não só a Indústria que produz de forma correta, mas principalmente o usuário final. As perdas podem chegar a custar vidas. Vamos aos impactos.

 

Econômico

Estamos falando de um mercado que movimenta rolamentos e paças falsificadas da ordem de 20%, ou seja,  R$ 200 milhões de um mercado que movimenta mais de R$ 1 bilhão ao ano.

Para a indústria os prejuízos causados são incalculáveis, siderurgias precisam parar suas operações de forma abrupta para troca de equipamento defeituoso, isso quando a peça não apresenta defeito imediato mas reduz a produtividade de forma preocupante.

 

Operacionais

Um rolamento adulterado pode colocar em risco a segurança, pois não possui as mesmas características técnicas dos originais, não suporta as mesmas cargas, aumenta a probabilidade de quebra prematura, danifica veículos, máquinas rotativas, causando prejuízos e acidentes graves, até mesmo fatais. Mineração, Químicas e Petrolíferas são forçadas a fazer paradas não programadas para substituir peças dentro dos prazos de validade por defeitos. Além disso, prejuízos de ordem pessoal por danos físicos a operadores e usuários de equipamentos com estas peças falsificadas.

 

Financeiro e Social

Temos um problema de arrecadação de impostos, geração de empregos diretos e indiretos, estimulo ao crime organizado e impactos nas vidas das pessoas que utilizam equipamentos por conta de danos graves.

 

Risco real

A indústria trabalha hoje com um risco de 20%, exatamente, a indústria que não se preocupa com a origem de seus rolamentos, está assumindo um risco de 20% de ter prejuízos incalculáveis.

 

Como afastar o risco

O grande problema é identificação de maneira visual  um rolamento falsificado, já que podem ser novos de qualidade inferior, gravados com marcas reconhecidas pelo mercado e atraem compradores pelos preços baixos. Alguns falsificadores reutilizam embalagens descartadas e rolamentos sucateados através de processo de usinagem e polimento, para depois vendê-los como originais novos. Os rolamentos falsificados são encontrados em toda a cadeia de fornecimento global e não se limitam a tamanho ou tipo. Apesar da percepção de que rolamentos menores para aplicações automotivas ou para eletrodomésticos predominam por serem fáceis de copiar, a falsificação dos grandes está cada vez mais comum no mercado industrial.

 

Equipe TRM

O Rolamento é o componente principal da evolução tecnológica, sua função universal lhe da o status de componente de precisão, não é a toa que a sua fabricação deve seguir normas internacionais e sua compra,  manuseio/manutenção precisa ser feito com muito atenção.

Cuidados iniciais


Antes de qualquer intervenção é preciso consultar o manual da máquina, é importante se orientar pelos catálogos e checar a disponibilidade com seu fornecedor, lembrando sempre de se certificar da sua antenticidade e garantia.

Checagem


Com a peça o operador deve antes de desembalar, checar se a referência da peça usada e que será substituida é mesma indicada na peça nova.

Depois de remover o rolamento é preciso avaliar o estado do eixo, pois ele pode apresentar corrosão de contato, é preciso ser cuidadosamente limpo e se ouver marcas de desgastes é preciso avaliar sua substiuição, tudo isso ante da montage do rolamento.

Preparando a Montagem


Bancada, peças e eixos cuidadosamente limpos, peças e ferramentas de montagem próximos.
É sabido que nem todos os rolamentos é possível de se montar manualmente, para isso existem várias formas de fazer.

Uma masssa de montagem é aconselhavel que seja aplicada no eixo  antes da da instalação, ela evita a corrosão de contato e garante um funciomento e durabilidade maior para eixos e compartimentos. Podemos usar para esta montagem:

 

Tipos de Montagens

Prensa idráulica ou manual – Atenção para as técnicas de encaixe com as escoras adequadas.

Montagem por choque – Nada de martelos de ferro, utilize martelos de borracha

Calor por indução – Que não ultrapasse 130 Graus para não alterar a estrutura da matéria

Placas aquecedoras – Com uso de anéis de apoio com mesmo diámetro do anel interno do rolamento

Banho de óleo – Sempre limpo e com temperaturas que não ultrapassem os 90 graus, neste caso o rolamento deve ser cuidadosamente seco.

Equipe TRM