A economia circular na indústria tem como objetivo uma gestão eficiente e sustentável dos recursos naturais. Suas principais características envolvem a minimização da extração de recursos e o desenvolvimento de processos mais eficientes.

 

Descubra mais sobre a economia circular na indústria, os principais desafios da sua implementação e os benefícios que ela traz para o meio ambiente, economia e a sociedade.

 

Durante décadas, o foco era apenas na produção em larga escala. No entanto, o grande volume de resíduos sempre foi um grande desafio devido ao seu destino final.

 

A economia circular surgiu como uma solução para o gerenciamento adequado desses resíduos e sua posterior reutilização.

 

Assim, esse modelo econômico baseia-se em 4 pilares, também conhecidos como os 4 R’s: Redução, Reutilização, Reciclagem e Recuperação.

 

No entanto, a implementação desse modelo implica em mudanças, pois requer abandonar o modelo de negócios linear e adotar um novo formato de produção.

 

Um dos motivos pelos quais as empresas não alteram seu modelo produtivo é a falta de conhecimento sobre os benefícios da economia circular.

 

Portanto, neste artigo, você conhecerá as vantagens desse modelo para as indústrias.

 

Benefícios da economia circular na indústria:

 

Redução de custos: Uma proposta para reduzir os custos é utilizar recursos renováveis, o que diminui os gastos com a extração de novos recursos. Segundo uma pesquisa da CNI em 2019, cerca de 76% das indústrias brasileiras entrevistadas já adotavam o modelo econômico circular devido à eficiência operacional.

 

Economia de baixo carbono: Ao evitar o envio de resíduos para aterros, é possível reduzir drasticamente as emissões de gases de efeito estufa responsáveis pelas mudanças climáticas. Além disso, o reaproveitamento de materiais em outros processos ou como subprodutos também reduz o uso de transporte rodoviário.

 

Valorização da marca: Ao adotar o modelo de economia circular, a indústria agrega valor à imagem da marca como uma empresa preocupada com o meio ambiente. Os consumidores estão cada vez mais atentos à origem da matéria-prima e ao impacto ambiental do processo de produção.

 

Estímulo ao crescimento econômico e geração de empregos: Com processos otimizados, as indústrias precisarão de profissionais capazes de trabalhar em uma nova cultura, estimulando o crescimento econômico e criando novos empregos. Além disso, surgem parcerias com fornecedores, cooperativas e a comunidade, ampliando a cadeia produtiva.

 

Agora que você conhece os benefícios da economia circular, saiba como implementar esse sistema em sua empresa.

 

Conheça as 6 etapas para a implementação e o passo-a-passo de como adotá-las:

  • Extração
  • Transformação
  • Consumo
  • Manutenção e reparação
  • Reutilização
  • Reciclagem ou tratamento de resíduos

A diferença entre um sistema linear e um circular ocorre a partir da quarta etapa. Na economia circular, a matéria-prima pode ser proveniente de insumos recicláveis, e o descarte é a última opção, priorizando sempre a reciclagem dos materiais.

Mas como adotar a economia circular na indústria?

 

Pensar em como produzir de forma sustentável e com qualidade é essencial. Aqui estão alguns pilares que podem ajudar na transição ou adoção do modelo de negócio circular:

  • Repensar a escolha da matéria-prima: é possível utilizar o material inicial do processo também no final?
  • Adequar o processo de produção
  • Eliminar resíduos e poluição desde o início da cadeia produtiva
  • Reaproveitar resíduos sólidos
  • Reduzir o uso de produtos químicos, optando por matérias-primas biodegradáveis
  • Utilizar produtos feitos com materiais recicláveis e substâncias puras em sua composição
  • Reduzir a contaminação
  • Criar objetos que possam ser remanufaturados, reformados e reciclados
  • Compartilhamento: aluguel de instalações não utilizadas com frequência
  • Produtos como serviço: oferecer o aluguel de um produto em vez de vendê-lo, incentivando a reutilização.

O conceito de ESG (Environmental, Social, Governance) cresceu nos últimos anos como forma de avaliar e valorizar empresas que respeitam o meio ambiente e têm boas práticas sociais e de governança. No Brasil, a Política Nacional de Resíduos Sólidos exige transparência no gerenciamento dos resíduos das empresas, incluindo práticas como reutilização, reciclagem, compostagem e recuperação.

É importante modernizar os processos produtivos, aproveitando a indústria 4.0 para rastrear a matéria-prima ao longo de sua vida útil, garantindo maior eficiência e menor custo.

A economia circular na indústria é um tema que ganha cada vez mais relevância, pois a sociedade está mais consciente e exigente em relação à responsabilidade social das empresas na hora de tomar decisões de compra.

Para as indústrias que desejam contribuir com a sustentabilidade, mas têm dificuldades em implementar um modelo de economia circular, é possível começar com ações como a reciclagem de óleo industrial, recuperação de peças desgastadas ou defeituosas, melhor controle de processos industriais, uso de dados e tecnologia para monitoramento de desempenho e desenvolvimento de fornecedores com capacidade de logística integrada.

Essas são apenas algumas medidas que fazem parte de uma mudança de conceito, em que as indústrias devem olhar para a cadeia produtiva de forma mais ampla, buscando a sustentabilidade em todas as etapas.

 

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fonte: Abecon

 

Falamos no artigo anterior sobre os rolamentos inteligentes, que não são uma substituição dos rolamentos mecânicos, obvio, pois eles continuam sendo mecânicos, são apenas uma evolução natural dos rolamentos mecânicos tradicionais.

Embora a tecnologia esteja em constante evolução, é improvável que os rolamentos mecânicos deixem de existir completamente. Os rolamentos mecânicos são amplamente utilizados em uma variedade de setores, incluindo a indústria automotiva, aeroespacial, de construção, mineração, entre outros. Eles são projetados para suportar cargas pesadas, reduzir o atrito e prolongar a vida útil das máquinas e equipamentos.

 

Enquanto novas tecnologias como os rolamentos magnéticos ou de fluido estão sendo desenvolvidas, eles ainda não são tão amplamente utilizados ou tão eficazes quanto os rolamentos mecânicos tradicionais. Além disso, os rolamentos mecânicos são uma solução comprovada e confiável, com muitas décadas de desenvolvimento e aprimoramento. Portanto, é improvável que sejam completamente substituídos por outras tecnologias no futuro próximo.

 

No entanto, é importante notar que os rolamentos mecânicos continuam a evoluir e se adaptar às necessidades dos clientes e às demandas da indústria. Por exemplo, o desenvolvimento de rolamentos inteligentes, que abordamos no artigo anterior e que podem monitorar seu próprio desempenho e detectar sinais de falha pode ajudar a melhorar a eficiência e a confiabilidade dos equipamentos.

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A Tecnologia também exige atualização constante da indústria. Com o avanço de novas soluções, estão surgindo alternativas eficientes e de alta confiança para os equipamentos industriais. Uma dessas soluções é o desenvolvimento de rolamentos inteligentes, que possuem sensores integrados para monitorar seu próprio desempenho e detectar sinais de falha antes que ocorram problemas mais graves.

 

Os rolamentos inteligentes são uma evolução natural dos rolamentos mecânicos tradicionais. Eles contêm sensores que podem detectar vibrações, temperatura, pressão e outras variáveis ​​importantes que podem afetar o desempenho do rolamento. Esses sensores enviam dados em tempo real para um sistema de monitoramento, permitindo que os engenheiros monitorem o desempenho do rolamento e tomem medidas preventivas quando necessário.

 

Uma das principais vantagens dos rolamentos inteligentes é que eles permitem que as empresas realizem manutenção preditiva, em vez de manutenção reativa. Com a manutenção preditiva, as empresas podem detectar e corrigir problemas antes que eles se tornem graves, reduzindo o tempo de inatividade e aumentando a eficiência do equipamento. Isso resulta em economia de tempo e dinheiro para as empresas, além de aumentar a vida útil dos equipamentos.

 

Os rolamentos inteligentes têm uma ampla gama de aplicações em diversos setores da indústria, como aeroespacial, automotivo, construção, mineração e muitos outros. Eles são usados ​​em equipamentos como turbinas, motores, bombas, redutores e muitos outros componentes. Em aplicações de alta precisão, os rolamentos inteligentes podem ser particularmente úteis, permitindo que os engenheiros monitorem a temperatura e vibração com precisão para garantir um desempenho consistente e confiável.

 

À medida que a tecnologia dos rolamentos inteligentes continua a evoluir, espera-se que eles se tornem cada vez mais sofisticados e capazes de monitorar uma ampla gama de variáveis. Eles também podem ser integrados com sistemas de inteligência artificial para análise de dados em tempo real e tomada de decisões automatizada. No futuro, os rolamentos inteligentes podem ser capazes de se adaptar a diferentes condições de operação, ajustando automaticamente a pressão e o lubrificante para otimizar o desempenho e prolongar a vida útil.

 

Em resumo, os rolamentos inteligentes são uma evolução importante dos rolamentos mecânicos tradicionais, oferecendo um nível de monitoramento e controle sem precedentes. À medida que a tecnologia continua a evoluir, espera-se que os rolamentos inteligentes se tornem cada vez mais sofisticados e capazes de monitorar e adaptar-se às condições de operação. Com sua capacidade de oferecer manutenção preditiva e melhorar a eficiência do equipamento, os rolamentos inteligentes têm o potencial de revolucionar a indústria de equipamentos industriais.

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Rolamentos industriais são peças fundamentais para a operação eficiente de muitos equipamentos industriais, incluindo a mineração, petrolíferas e de Gás. Por isso, é importante que o profissional responsável por sua manutenção tenha conhecimento técnico e habilidades adequadas para garantir seu desempenho e prolongar sua vida útil dos rolamentos e dos equipamentos. Aqui estão algumas coisas importantes que um profissional deve ter em mente:

Conhecer os tipos de rolamentos:

Existem diversos tipos de rolamentos, como radiais, axiais e de contato angular, entre outros. É importante que o profissional conheça suas características e quando usá-los corretamente.

Entender as normas de segurança:

Conhecer as normas e padrões de segurança relacionados ao manuseio e instalação de rolamentos é fundamental para garantir a segurança de todos os envolvidos. Isso inclui normas ISO, ABNT e OSHA.

Ter familiaridade com os processos de manutenção:

O profissional precisa compreender os processos de manutenção, como inspeções regulares, lubrificação, reparo e substituição. Isso vai garantir que os rolamentos mantenham o desempenho adequado por mais tempo.

Saber usar ferramentas de medição e teste:

É importante que o profissional tenha habilidades para usar ferramentas específicas de medição e teste, como micrômetros, calibres de folga e instrumentos de medição de vibração, para avaliar o desempenho dos rolamentos e identificar problemas.

Treinamento:

Participar de programas de treinamento, como cursos oferecidos pelos fabricantes de rolamentos especiais, é uma ótima maneira de aprimorar o conhecimento técnico e habilidades em manutenção de rolamentos industriais.

Em resumo, para garantir uma manutenção eficiente dos rolamentos, é importante que o profissional tenha conhecimento e suporte para se manter sempre atualizado com as melhores práticas

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É necessária apenas uma pequena quantidade de água (menos de 500 ppm) para reduzir substancialmente a vida útil dos rolamentos de elementos rolantes. Há uma grande quantidade de pesquisas que apoiam isso. De fato, os efeitos destrutivos da água nos rolamentos podem facilmente atingir ou exceder o da contaminação por partículas, dependendo das condições.

O tema para esta coluna, portanto, não é se a água causa danos, mas sim como isso acontece. Saber como a água ataca e causa danos ajuda a definir importantes metas de segurança e também auxilia nas investigações de falhas post mortem. Além disso, quando a contaminação da água é inevitável, entender esses modos de falha induzidos pela água podem ser valiosos na seleção ideal de lubrificantes, rolamentos e vedações para fins defensivos.

Água: o flagelo de nossas máquinas

Não há contaminante mais complexo, intenso e confuso do que a água. As razões incluem seus vários estados de coexistência com o óleo e suas muitas transformações químicas e físicas transmitidas durante o serviço. Individual e coletivamente, problemas induzidos por umidade causam danos no óleo e na máquina e certamente podem levar, lenta ou abruptamente, à falha operacional do rolamento. Não subestime o potencial de ataque da água.

A água pode danificar as superfícies da máquina diretamente, através de uma sequência de eventos e muitas vezes com uma variedade de “ajudantes”. Em muitos casos, o dano mais grave é a falha em cascata ou reação em cadeia. Por exemplo, a água pode levar primeiro à oxidação prematura do óleo base. Quando os óxidos se combinam com mais água, existe um ambiente de fluido ácido corrosivo.

Da mesma forma, a oxidação pode despejar borras insolúveis e aumentar a viscosidade do óleo. Ambos os processos podem impedir o fluxo de óleo e causar danos ao rolamento. Para não ficar de fora, a água e o ambiente oxidativo podem prender o ar no óleo, amplificando ainda mais os problemas de lubrificação. Muitas vezes é verdade que quanto pior as coisas pioram, mais rápido elas pioram; tudo começou pela água.

Modalidades de falha

Para manter esta coluna em um tamanho e escopo gerenciáveis, as modalidades descritas abaixo serão breves e diretas. Deixei de fora aqueles que são rebuscados ou tecnicamente abstratos, bem como alguns enraizados mais na tradição popular do que em fatos científicos.

Fraturas Induzidas por Hidrogênio.

Frequentemente chamado de fragilização por hidrogênio, esse modo de falha talvez seja mais agudo e prevalente do que a maioria dos tribologistas e fabricantes de rolamentos sabem. As fontes do hidrogênio podem ser água, mas também eletrólise e corrosão (auxiliada pela água).

Há evidências de que a água é atraída por trincas microscópicas de fadiga em esferas e rolos por forças capilares. Uma vez em contato com o metal livre dentro da fissura, a água se decompõe e libera hidrogênio. Isso causa mais propagação de trincas e fraturas, sendo os Aços de alta resistência em maior risco. Enxofre de aditivos (extrema pressão (EP), antidesgaste (AW), etc.), óleos minerais e sulfeto de hidrogênio ambiental podem acelerar o progresso da degradação, e o risco é colocado tanto pela água solúvel quanto pela água livre.

Corrosão.

A ferrugem requer água, e mesmo a água solúvel pode contribuir para a formação de ferrugem, e também a água dá aos ácidos seu maior potencial corrosivo. Superfícies riscadas e com pits nas pistas dos rolamentos e nos corpos rolantes interrompem a formação de filmes de óleo elastohidrodinâmicos (EHD) críticos que conferem resistência ao filme lubrificante dos rolamentos para controlar a fadiga de contato e o desgaste. A corrosão estática e o desgaste também são acelerados pela água livre.


Oxidação.

Muitos rolamentos têm apenas um volume limitado de lubrificante e, portanto, apenas uma pequena parte de antioxidante. Altas temperaturas flanqueadas por partículas de metal e água podem consumir os antioxidantes rapidamente, e assim neutralizar o lubrificante da proteção necessária. As consequências negativas da oxidação do óleo são numerosas, mas incluem corrosão, borra, verniz e fluxo de óleo prejudicado.

Depleção de Aditivos.

Mencionamos que a água ajuda no esgotamento de antioxidantes, mas também prejudica ou diminui o desempenho de uma série de outros aditivos. Estes incluem AW, EP, inibidores de ferrugem, dispersantes, detergentes e agentes desemulsificantes.

A água pode hidrolisar alguns aditivos, aglomerar outros ou simplesmente lavá-los do fluido de trabalho em poças do reservatório. Aditivos de enxofre-fósforo (EP) na presença de água podem se transformar em ácidos sulfúrico e fosfórico, aumentando o número de acidez do óleo (AN).

Restrições de Fluxo de Óleo.

A água é altamente polar e, como tal, tem a interessante capacidade de limpar as impurezas do óleo que também são polares (óxidos, aditivos mortos, partículas, finos de carbono e resina, por exemplo) para formar bolas de borra e emulsões. Essas suspensões amorfas podem entrar em vias críticas de óleo, galerias e orifícios que alimentam mancais de óleo lubrificante.

Quando a borra impede o fluxo de óleo, o rolamento sofre uma condição de inanição e a falha é iminente. Além disso, os filtros têm vida curta em sistemas de óleo carregados com borra suspensa. Em condições de congelamento, a água livre pode formar cristais de gelo que também podem interferir no fluxo de óleo.

Aeração e espuma.

A água reduz a tensão interfacial de um óleo (IFT), o que pode prejudicar sua capacidade de manuseio de ar, levando à aeração e à espuma. Leva apenas cerca de 1.000 ppm de água para transformar seu reservatório de rolamento em um banho de espuma. O ar pode enfraquecer os filmes de óleo, aumentar o calor, induzir oxidação, causar cavitação e interferir no fluxo de óleo – tudo catastrófico para o rolamento! A aeração e a espuma também podem prejudicar a eficácia dos lançadores/defletores de óleo, lubrificadores de anel e lubrificadores de colar.

Resistência do filme prejudicada.

Os rolamentos de roletes dependem da viscosidade de um óleo para criar uma folga crítica quando sob carga. Se as cargas forem muito grandes, as velocidades forem muito baixas ou a viscosidade for muito baixa, a vida útil do rolamento será reduzida. Quando pequenos glóbulos de água são puxados para a zona de carga, a folga geralmente é perdida, resultando em choques ou atritos das superfícies opostas (elemento rolante e pista). Os lubrificantes normalmente ficam rígidos sob carga (referido como seu coeficiente pressão-viscosidade), que é necessário para suportar a carga de trabalho (geralmente superior a 500.000 psi).

No entanto, a viscosidade da água é de apenas um centistoke e esta viscosidade permanece praticamente inalterada, independentemente da carga exercida. Não é bom para suportar cargas de alta pressão. Isso resulta em resistência do filme colapsado seguido por trincas de fadiga, poços e fragmentos. A água também explodir em vapor superaquecido nas zonas de carga dos mancais, o que pode romper drasticamente os filmes de óleo e potencialmente fraturar as superfícies.

Contaminação microbiana.

A água é um conhecido promotor de microrganismos como fungos e bactérias. Com o tempo, estes podem formar suspensões de biomassa espessas que podem obstruir os filtros e interferir no fluxo de óleo. A contaminação microbiana também é corrosiva.

Lavagem com água.

Quando a graxa está contaminada com água, ela pode amolecer e escorrer para fora do rolamento. O spray de água também podem lavar a graxa diretamente do rolamento, dependendo do espessante e das condições da graxa.

A solução óbvia para o problema da água é uma solução proativa; isto é, evitando a entrada de água no óleo/graxa e no ambiente do mancal. A única água que não causa danos é a água que não invade seu sistema. As táticas de exclusão de contaminantes são sempre um investimento sábio em manutenção.

Seja um pensador de longo prazo controlando os fatores de risco hoje, enquanto o rolamento ainda tem vida útil remanescente (RUL). O custo de remover a água e/ou remediar os danos que ela causa excederá em muito qualquer investimento para excluí-la da entrada. Então, por favor, não economize quando se trata de controle de contaminação “proativo”.

 

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Fonte: Manx

 

Bernardo Grandin, da empresa de biotecnologia industrial GranBio, explica como o etanol pode ajudar na transição energética.

O CEO da GranBio, Bernardo Grandin, avalia que a bioeletrificação automotiva e o querosene de aviação verde são inovações que demonstram como o etanol pode desenvolver um papel fundamental para a implementação de uma matriz energética limpa. “Novas rotas tecnológicas como a da célula sólida de combustível para a bioeletrificação dos transportes e o querosene de aviação verde, ou SAF (Sustainable Aviation Fuel), produzido a partir do etanol, darão um novo impulso à produção de etanol do Brasil com potencial de dobrar a demanda até 2050”, afirma.

Qual o papel do etanol na transição energética do Brasil?

 

O etanol tem um papel relevante na agenda de transição energética mundial. No Brasil, de acordo com a Unica, associação de empresas do setor, o etanol utilizado em transportes evita a emissão de 550 milhões de toneladas de CO2 ao substituir a gasolina. As atividades de produção do combustível ocupam apenas 4,5% da área territorial e empregam mais de 2 milhões de pessoas direta e indiretamente. O etanol terá papel transformador na chamada bioeletrificação automotiva com a chegada das células sólidas de combustível que viabilizarão carros de motor elétrico movidos a etanol. A autonomia é superior a 600 km com 30 litros de etanol. O papel desse combustível na descarbonização ou captura de carbono será ainda mais eficiente com o etanol celulósico, que usa biomassa agrícola como matéria-prima e ainda reduz em mais de 90% a emissão equivalente da gasolina. Apenas os resíduos agrícolas da cana-de-açúcar não empregados para cogeração permitirão o aumento de produção de etanol brasileiro em mais de 50% sem expandir a área plantada.

Qual é o potencial do etanol brasileiro no mercado global?

Ele compete com o etanol de milho americano e com a resistência europeia ao etanol que, em tese, compete com a comida. A Europa lançou uma iniciativa impulsionando o etanol de segunda geração. No entanto, novas rotas tecnológicas – como a da célula sólida de combustível para a bioeletrificação dos transportes e o querosene de aviação verde ou SAF (Sustainable Aviation Fuel) produzido a partir do etanol – darão um novo impulso à produção do Brasil com potencial de dobrar a demanda até 2050.

Quais são as vantagens comparativas do Brasil na economia verde?

O Brasil tem uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo e o potencial para ser um dos poucos países a alcançar a neutralidade de emissão de carbono até 2050. O país pode se tornar o principal líder global da economia verde. No entanto, há um dever de casa importante a ser feito que inclui priorizar a inovação e novas tecnologias que acelerem a transição energética industrial, a integração do poderoso setor agropecuário na agenda ESG e a conservação produtiva da Amazônia.

Como a inovação proporciona uma economia com menos carbono?

A inovação é o meio necessário para a transição energética. A mudança climática provocada pelo homem é provada cientificamente e revertê-la urgentemente se tornou uma prioridade e responsabilidade da humanidade. Apenas uma agenda estruturada e ambiciosa, que estimule a inovação e a cooperação para substituir e compensar a utilização do carbono fóssil, reverterá o aquecimento global.

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Fonte: CNI

 

Os dados gerados pela IoT contribuem com o processo de manutenção preditiva, resultando em melhoria da performance deste processo

Nos últimos 2 anos, o alto grau de incerteza, o baixo crescimento e os desafios com matérias-primas exigiram que as indústrias entendessem que era necessário extrair o máximo valor possível dos seus ativos, buscando a máxima performance.

Assim, para aumentar a produtividade de suas operações, diversas empresas já começaram a desenhar sua jornada para a Indústria 4.0, investindo em diversas soluções baseadas em IoT (Internet of Things, ou Internet das Coisas).

E uma das soluções que começam a ganhar espaço é promover a utilização da IoT em processos relacionados à manutenção preditiva de maquinários, que pode gerar uma redução de 40% nos custos de manutenção, reduzir o tempo de inatividade das máquinas em até 50% e aumentar a vida útil em 20% a 40%, segundo dados da consultoria McKinsey.

Manutenção preditiva: é preciso buscar a máxima performance
Na indústria atual, o grande desafio para os players se relaciona à aplicação de tecnologias avançadas de manutenção preditiva, que permitam a adoção em escala em todas as suas operações.

Neste contexto, uma palavra representa a importância da manutenção preditiva industrial: Performance! Carlos Tunes, líder de Desenvolvimento de Negócios da IBM, explica:

“A manutenção preditiva baseia-se em monitorar e atuar no momento “ótimo” – prevendo com confiança e antecedência quando ocorrerá uma falha e de que tipo, evitando a indisponibilidade da produção”.

A indústria tem a busca contínua por eficiência operacional e financeira, e são estes os pontos alavancados pela manutenção preditiva, evitando as paradas não planejadas, otimizando mão de obra e horas extras, estabelecendo um planejamento de inventário confiável e previsível.

“Todos estes pontos reduzem custos de inventário e compras, ou seja, exercem impacto direto na performance não apenas operacional, mas financeira da indústria”, complementa.

O mais interessante é que as tecnologias de IoT têm contribuído significativamente com o ganho em performance da manutenção preditiva, principalmente pelo extenso uso de dados, que, naturalmente, reduz os custos de manutenção.

IoT: ajuda a reduzir os custos com manutenção industrial

 

Hoje em dia, diversos processos têm sua performance melhorada quando adota-se o uso de dados, muitos deles coletados por meio de IoT – e com as ações destinadas à manutenção de maquinários, isso não seria diferente.

E só é possível realizar ações preditivas, que reduzem os custos da manutenção, com o uso de dados. “Na indústria 4.0, o IoT conecta o mundo físico ao mundo digital, permitindo a conexão, monitoramento de equipamentos remotamente e hoje em dia com um custo muito baixo”, diz Turnes.

E complementa: “Isso é muito bom, porque propicia a operação, manutenção, engenharia e gestão com informações praticamente em tempo real”.

Mas não é o suficiente. Combinar a IoT com IA (Inteligência Artificial) e ML (Machine Learning) está trazendo mais eficiência para as organizações.

Um dos casos mais interessantes da combinação de IoT com IA e que foge dos tradicionais, é o chamado “Visual Insights”. “Nessa possibilidade, o uso de IA para análise de imagens em tempo real permite a identificação de defeitos com rapidez, sejam de uma montagem, pintura, procedimento incorreto, entre outros”, comenta Carlos Tunes.

Outro exemplo de impacto do uso é para “HSE – Health Safety & Environment” ou “Work Insights”.

O HSE é caracterizado pelo uso de sensores em equipamentos, estruturas e em EPIs dos colaboradores, para mais uma vez, com o uso de IA, ter informações em tempo real, de temperatura, umidade, concentração de gases em um determinado ambiente.

“Estamos falando, aqui, que a IoT promove a redução ou mitigação de riscos operacionais e preservação de vidas”, completa Tunes.

Passo a passo para usar IoT na indústria e reduzir custos com manutenção
Como visto, o uso do IoT na indústria é essencial para reduzir custos com manutenções, no entanto, não há um processo único para implementar essa tecnologia de dados. O que existe são algumas reflexões importantes.

Quatro pontos importantes devem ser considerados:

1 – Qual é o objetivo da empresa e o que de fato ela pretende resolver com a adoção de IoT?
É possível que algumas organizações tenham a percepção de que um projeto de IoT não gerou valor ou resultado porque não escolheram bem seu objetivo.

A maioria das empresas visualiza a redução do custo de manutenção, ou melhora da performance do ativo com a adoção de manutenção preditiva.

2 – Escolha o alvo para a manutenção preditiva
Caminhando para a manutenção preditiva, é preciso escolher o alvo, como por exemplo, um equipamento ou um conjunto deles, o que permite um projeto de implementação rápida e com resultados.

O importante nesta escolha é ter atenção com alguns requisitos:

(a) o equipamento alvo tem que ser relevante financeiramente para a empresa, ou seja, a indisponibilidade dele compromete a produção (alto impacto financeiro);

(b) é preciso ter dados para que os sistemas de manutenção preditem o Asset Performance Management com o uso de IA, “aprendam” sobre o equipamento e possam prever com antecedência e acuracidade os potenciais problemas a frente.

3 – A empresa é a grande beneficiada com o projeto
Aqui, entende-se que o projeto deve ser colaborativo. “Por mais que existam dados e por melhor que seja o sistema de IA, existem variáveis, características e fatores que só a empresa conhece, que devem ser considerados no momento que os sistemas de ‘Asset Performance Management’ estão sendo treinados”, indica Tunes.

4 – Robustez da solução tecnológica
Já existem várias empresas que possuem em seu sistema supervisório/SCADA dados suficientes para a adoção de sistemas de manutenção preditiva.

O problema é que nunca adotaram um sistema de “Asset Performance Management” robusto, com Inteligência Artificial e Machine Learning. Além de apresentar resultado imediato, a adoção do sistema é um processo contínuo de auto aprendizado do modelo de predição com os novos dados que estão sendo capturados no dia a dia.

Por isso, buscar sistemas baseados em IoT, Inteligência Artificial e Machine Learning é fundamental para ter uma solução tecnológica mais robusta e que atenda às expectativas quanto à manutenção preditiva.

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Fonte: A Voz da Indústria

 

Em todo o mundo, a necessidade de treinar pessoal, capacitar e atualizar os conhecimentos é uma constante e um desafio para as indústrias

A indústria está em plena transformação. A chamada indústria 4.0 já é uma realidade em tecnologias, ferramentas, processos e até mesmo na gestão. A transformação de uma empresa e de todo o mercado exige também a transformação dos profissionais, com maior qualificação e com novas competências para o trabalho industrial.

Em meio a isso, vemos alguns desafios latentes relacionados justamente com a formação de novos trabalhadores e também na capacitação, atualização e retenção dos talentos na indústria.

Neste conteúdo trouxemos alguns cenários interessantes de práticas já implementadas e novos processos que contornam as demandas relacionadas ao trabalho nas indústrias. Confira a seguir!

Capacitação tecnológica em Moçambique

O Instituto de Formação Tecnológica de Moçambique (IFTM) oferece cursos de Mecânica e Elétrica Industrial com o objetivo de prover formação tecnológica de qualidade, contribuindo com a inserção de jovens moçambicanos no mercado de trabalho.

Inaugurado em 2021, o IFTM foi fundado pela empresa brasileira Icro Group, que atua há 67 anos na gestão de ativos físicos industriais e implantação de programas de manutenção preditiva. Por meio do instituto, a empresa visa contribuir com a elevação do índice educacional de Moçambique, fortalecendo a geração de emprego e renda.

“Quando nós chegamos aqui em Moçambique em 2012, há quase 10 anos, sentimos um déficit muito grande de capacitação técnica dos profissionais. O nosso portfólio exige uma capacitação mais elevada que o normal, pois são técnicas avançadas na parte de Engenharia de Manutenção. Diante dessa percepção, resolvemos criar a escola, e hoje temos a oportunidade de sermos formadores de pessoas qualificadas para o setor industrial”, conta Carlos Fávaro, presidente do grupo.

O Instituto de Formação Tecnológica de Moçambique é certificado pela Autoridade Nacional de Educação Profissional (ANEP), órgão regulador que garante a qualidade de Ensino Profissional em Moçambique.

Além de bolsas para participar dos cursos, a empresa oferece oportunidades de estágio no próprio Icro Group. Mais informações sobre os cursos podem ser obtidas por meio do site www.iftm.co.mz

Força de trabalho conectada

Para além do momento de formação profissional, a nível técnico ou superior, o trabalho na indústria exige constante evolução e atualização para acompanhar novas tecnologias, ferramentas e demandas do mercado.

Neste ponto, temos mais um exemplo interessante de trabalho focado na capacitação e integração dos profissionais de chão de fábrica. As indústrias manufatureiras estão adaptando seus processos de contratação e compartilhamento de conhecimento à nova realidade. “A mão de obra emergente precisará lidar com dispositivos da Internet das Coisas Industrial (IIoT, na sigla em inglês), usar ferramentas analíticas para fundamentar suas decisões e supervisionar operações tecnologicamente avançadas – tudo isso enquanto mantém tudo funcionando e treina a próxima geração”, contextualiza Joe Mulrooney, Manufacturing Industries Director na ServiceNow.

Os executivos, portanto, devem se empenhar no desenvolvimento de uma força de trabalho conectada que utilize ferramentas digitais para simplificar processos e digitalizar conhecimentos, o que não significa afirmar que os trabalhadores serão substituídos pela tecnologia. Pelo contrário, “os trabalhadores fabris são uma parte essencial dessa jornada. Afinal, melhores sistemas de planejamento de recursos empresariais (ERP), sistemas de execução de manufatura (MES), sistemas de gestão de manutenção computadorizada (CMMS), robôs, esteiras e maquinário ainda precisam de pessoas para funcionar”, explica Mulrooney.

Benefícios da ‘força de trabalho conectada’

 

Segundo a ServiceNow, destacam-se os seguintes benefícios de trabalhar com uma equipe atualizada e conectada através das ferramentas mais adequadas:

1. Redução de erros humanos
Nos próximos anos, as indústrias irão precisar integrar novos trabalhadores e requalificá-los por meio de treinamentos no próprio trabalho. Empregados experientes conseguem mudar rapidamente para uma linha de produção diferente ou colaborar com a equipe, mas os novos contratados precisam de uma ajuda extra. Enquanto estão se inteirando, esses novos funcionários têm o potencial de cometer erros. De acordo com o Departamento de Energia dos EUA, de 80% a 90% das paralisações são causadas por erro humano.

Para reduzir os erros humanos, as indústrias contam com procedimentos operacionais padronizados (SOPs) registrados em papel ou comunicados oralmente por funcionários. Porém, com a atual escassez de mão de obra e com a rápida evolução das tecnologias industriais, as organizações não podem depender do papel e do conhecimento institucional. SOPs obsoletos podem até mesmo provocar condições perigosas de trabalho.

Uma força de trabalho conectada que utilizar SOPs registrados digitalmente poderá achar com mais facilidade, coletar e transmitir informações. Fluxos de trabalho digitais podem guiar perfeitamente os empregados na execução precisa de tarefas e procedimentos, sendo facilmente acessados a partir de um laptop ou dispositivo móvel. O registro e a transferência digitais de conhecimento previnem erros humanos, proporcionam treinamentos intuitivos para novos funcionários e permitem que os empregados acompanhem as mudanças nos processos.

2. Eficiência turbinada
A criação de uma força de trabalho conectada quebra gargalos e contribui para uma melhor experiência de pessoal. Os funcionários necessitam se comunicar digitalmente e acessar informações em uma única plataforma – independentemente de estarem no escritório, no chão de fábrica ou fora da planta.

As indústrias devem considerar sistemas que permitam a conexão e a colaboração entre as áreas de ERP, MES, gestão de qualidade, atendimento ao cliente e gestão de relacionamento com o cliente (CRM). A colaboração facilitada e o contexto mais claro podem ajudar os empregados a tomar decisões melhores e mais rápidas, gerando eficiência em toda a equipe de produção.

3. Padronização e conformidade de segurança
As indústrias estão sobrecarregadas pelo volume considerável de exigências regulatórias, desde o preenchimento de formulários até o envio de e-mails para que os documentos sejam assinados. Realizar tais tarefas online pode reduzir esse fardo.

Quando tarefas rotineiras simples, como inspeções de 5S e de segurança, são digitalizadas, o sistema certifica-se de que nada esteja faltando. Registros auditáveis, com marcação de data e horário, são armazenados na nuvem. Notificações e alertas são enviados para as equipes certas, com os devidos escalonamentos caso as respostas não ocorram no tempo certo.

 

EQUIPE TRM

Fonte: A Voz da Indústria

 

A rede 5G para a indústria estão chegando. Saiba o que muda para as operações do setor e como empresas devem fazer para estarem preparadas.

A conexão 5G para a indústria está chegando e essa conexão ultrarrápida permitirá a troca de informações de uma forma muito rápida dentro do ambiente 4.0.

Devido às velocidades mais altas e à baixa latência, o 5G industrial se torna essencial e fator-chave para a quarta revolução da indústria, podendo fazer toda a diferença no uso potencial de ferramentas, como sistemas de IIoT (Internet Industrial das Coisas), robótica, armazenamento em nuvem e realidade virtual.

Por meio dessas inovações, o 5G para a indústria promete revolucionar o setor em todos seus campos. Mas quais são as mudanças nas operações das fábricas?

Para saber mais, conversamos com José Borges Frias Júnior, Diretor de Inovação Corporativa da Siemens. Ele explica quais são os impactos do 5G para a indústria indica os pontos que o setor precisa priorizar para se preparar para a chegada do 5G industrial.

A Internet 5G está chegando. Quais os impactos para indústrias?

As redes 5G estão chegando e prometem mudar de maneira definitiva a rotina, inclusive no meio industrial. O 5G permitirá às pessoas se manterem conectadas, e, também, que máquinas “conversem entre si”, popularizando inovações tecnológicas.

Assim, uma das principais diferenças entre o 5G para a indústria e as gerações anteriores de redes celulares está relacionado ao fato de que o foco do 5G está na comunicação máquina-máquina e na Internet Industrial das Coisas (IIoT). “Em particular, o 5G suporta comunicação com confiabilidade sem precedentes e latências muito baixas”, indica Frias Junior.

Portanto, segundo o diretor de Inovação Corporativa da Siemens, essa tecnologia abre caminho para uma era da produção industrial que já começou, conhecida como “Indústria 4.0”.

“O uso do 5G para a indústria visa melhorar significativamente a flexibilidade, versatilidade, usabilidade e eficiência das futuras fábricas inteligentes. A Indústria 4.0 integra a Internet das Coisas e os serviços relacionados na fabricação industrial e oferece integração vertical e horizontal contínua em toda a cadeia de valor e em todas as camadas da pirâmide de automação”, indica.

Diante disso, a conectividade é um componente essencial da Indústria 4.0, apoiando os desenvolvimentos em andamento, fornecendo conectividade poderosa e difundida entre máquinas, pessoas e objetos.

Principais benefícios do 5G para a indústria

As novas tecnologias de rede sempre foram um importante impulsionador da inovação. O mesmo se aplica ao 5G para a indústria que tem um potencial disruptivo para a infraestrutura e indústria.

“No ramo industrial, a Transformação Digital poderá ser alavancada com a disponibilidade de uma conectividade tão poderosa como a que as redes 5G irão oferecer”, salienta José Borges Frias Júnior.

O especialista explica que as redes 5G funcionam como um habilitador da automação, robotização móvel, veículos autônomos, realidade aumentada, computação a bordo, aprendizado de máquina, gêmeo digital e outras aplicações.

Complementando, embora algumas aplicações possam ser tecnicamente realizadas nas redes públicas 5G, existe um consenso cada vez maior de que as redes privativas 5G é que serão o grande alavancador destas aplicações.

“Usando faixas de frequência privadas disponíveis localmente, as empresas podem configurar suas próprias redes 5G privativas para permitir a conectividade em áreas definidas – o que pode aumentar consideravelmente a flexibilidade na produção e logística”, indica o diretor da Siemens.

Além disso, graças à rápida transmissão de dados via 5G industrial, todos os componentes em produção podem responder às mudanças quase em tempo real. “Quando combinadas com tecnologias futuras, como computação de borda e em nuvem, as redes 5G para a indústria irão facilitar a análise flexível de grandes volumes de dados, o que as torna um driver para a transformação digital na indústria”, diz Frias Junior.

A conexão 5G será uma necessidade. Cabe à indústria se preparar para sua chegada
Ainda hoje, muitas máquinas utilizadas por indústrias brasileiras não são sequer preparadas para se conectar às redes convencionais. Por isso, antes de usar o 5G industrial, é preciso pensar com calma para saber qual é a melhor opção para quando essa rede 5G chegar.

Dessa forma, José Borges Frias Júnior ressalta que a indústria, de um modo geral, deve iniciar as discussões e avaliações em grupos multidisciplinares para decidirem qual é a melhor configuração do 5G, privativo ou não, que irá suportar as suas necessidades de conexão no seu plano de transformação digital. “Em breve, conexão não será um fator limitante e quem sair na frente poderá obter vantagens competitivas no mercado”, diz.

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Fonte: A Voz da Indústria

 

Artigo mostra que é fundamental estabelecer políticas que orientem e consolidem uma cultura organizacional mais inovadora e sustentável

Inovação e sustentabilidade em organizações surgem no mesmo contexto, têm dinâmicas parecidas e buscam resultados semelhantes. Ambas ganham importância quando a lógica do negócio atual precisa ser repensada ou há grandes oportunidades que demandam novas soluções. As duas lidam com soluções quase sempre inéditas para a empresa e, potencialmente, também para o mercado. Tanto a inovação quanto a sustentabilidade procuram criar vantagens competitivas para o negócio.

Mas por que muitas firmas as tratam de forma independente, sobretudo neste momento, em que as inovações precisam ser mais sustentáveis e as iniciativas de sustentabilidade, mais inovadoras? Mais do que buscar justificativas na histórica falta de inteligência organizacional ou no egocentrismo irracional dos seus gestores, já não passou da hora de alavancar as sinergias entre as iniciativas de inovação e sustentabilidade?

Isso deveria começar pela definição do propósito da companhia, de sua evolução e do papel da inovação e da sustentabilidade como pontes para esse futuro. Adicionalmente, é preciso definir o que são esses termos, seus objetivos, indicadores e, depois, as metas de cada membro do time.

Além disso, é preciso estabelecer os principais processos de inovação e de sustentabilidade. Três horizontes de inovação, Funil de Inovação, Lean Startup, Design Thinking, Inovação Aberta, Scrum e outras abordagens podem apresentar bons resultados em projetos de sustentabilidade, dada a dinâmica inicialmente incerta de ambas.

Também é preciso considerar a formação de colaboradores mais inovadores e mais comprometidos com a sustentabilidade. Além dos treinamentos e de outras vivências educacionais, é preciso desenvolver pessoas que estejam abertas e saibam prototipar soluções mais inovadoras e sustentáveis, que aprendam rápido e que sejam mais ágeis no desenvolvimento dessas iniciativas.

Por fim, é fundamental estabelecer políticas que orientem e consolidem uma cultura organizacional mais inovadora e sustentável. Isso implica repensar processos de seleção, avaliação de desempenho, relacionamento com clientes, fornecedores, parceiros e até com concorrentes. Essas políticas é que sustentarão o propósito de inovar e ser mais sustentável.

Como cresce o número de empresas que assumem compromissos cada vez mais audaciosos associados a aspectos ambientais, impactos sociais e padrões de governança (ESG), iniciativas sustentáveis serão cada vez mais inovadoras. Daí porque inovação em sustentabilidade que atrasar não adiantará.

*Marcelo Nakagawa é professor de empreendedorismo, inovação e sustentabilidade do Insper, FDC, FIA, Unicamp e Vanzolini.

 

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Fonte: CNI Portal da Indústria