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Quais são as principais habilidades necessárias para a indústria do futuro?

Afinal, o que a indústria do futuro espera de seus colaboradores? Essa é uma pergunta que deveria ser feita por todo profissional que almeja uma boa colocação no mercado de trabalho. Mas você já parou para pensar sobre o assunto?

A tecnologia vem transformando a indústria e, como era de se esperar, a seleção de talentos também é afetada. A indústria 4.0 quer muito mais de seus colaboradores e está disposta a pagar bem por eles.

Indústria do futuro: do que ela é feita?

Não há como falar em indústria do futuro sem citar a tecnologia. De fato, ela é o grande destaque e está presente em todos os setores e processos.

A transformação digital chegou para inovar e quebrar paradigmas no cotidiano da manufatura. Big Data, Inteligência Artificial, Internet das Coisas, análise de dados: tudo isso faz parte da nova realidade do setor — e deve ser entendido por quem atua nele.

Esses conceitos já nem podem ser considerados do futuro, mas certamente estarão muito mais desenvolvidos e enraizados na indústria daqui a alguns anos. Ou seja, a principal característica dessa nova fase é o uso cada vez mais forte de recursos tecnológicos.

Mas isso não é tudo! Há outros pontos que também integram esse conceito:

  • Preocupação com produtividade;
  • Responsabilidade social;
  • Sustentabilidade;
  • Automação;
  • Integração de processos.

Quais são as habilidades necessárias para atuar na indústria do futuro?

Estamos na 4ª revolução industrial e ela transformou muito mais do que a indústria. O mercado de trabalho também foi alterado!

Da mesma forma que as revoluções industriais anteriores, a indústria do futuro mudou as habilidades e a experiência exigidas dos profissionais. Aliás, saiba que alguns postos de trabalho vão desaparecer, outros vão crescer e novos surgirão.

A questão é: quais as habilidades necessárias para atuar nessa nova indústria? Conheça e comece a se adaptar!

Olhar técnico

O profissional da indústria do futuro precisa ter um olhar técnico. Ou seja, precisa ir além do óbvio e encontrar soluções inovadoras para antigos problemas, com uma visão sistêmica dos processos, entendendo seus reflexos.

Para conseguir isso, é fundamental investir em qualificação e buscar uma formação multidisciplinar — conhecimentos sobre engenharia elétrica, mecânica e de automação são bem-vindos.

Flexibilidade

Com a maior adoção da manutenção preditiva — que é programada, mas não evita imprevistos —, há um aumento da necessidade de reparos e manutenções que fogem da rotina da indústria. É esse cenário que exigirá flexibilidade dos profissionais, que precisam estar disponíveis e preparados para situações inusitadas, além de ser eficientes em multitarefas.

Vale lembrar que é possível perceber a criação de novas funções para cargos já existentes. Essa tendência ajuda a desenvolver novas habilidades e, com o apoio da tecnologia, reformular o papel de cada um dentro da indústria.

Comunicação

A comunicação é uma das habilidades humanas mais primitivas e nunca deixará de ser uma demanda do mercado de trabalho. No entanto, na indústria do futuro, ela exige elementos ainda mais específicos.

Em resumo, há uma grande busca por pessoas com habilidades para ouvir e interagir de forma colaborativa. Afinal, a integração de processos (e de equipes) é um dos elementos dessa nova fase da manufatura.

Tomada de decisão

Tomar decisões é preciso, mas isso nem sempre é fácil, não é mesmo? Acontece que, na indústria do futuro, isso é imprescindível e faz parte das aptidões exigidas dos colaboradores.

Em outras palavras, espera-se que os bons profissionais consigam liderar e tomar decisões conscientes e bem fundamentas. Eles precisam avaliar o cenário, escolher a melhor solução e se responsabilizar pelos resultados.

Alfabetização de dados

Se você está atento aos movimentos da indústria da 4.0, já deve ter percebido que os dados têm um valor inestimável para as empresas. Aliás, muitos afirmam que eles são o ativo mais importante de um negócio — o verdadeiro combustível da manufatura.

Com tantos dados valiosos à disposição, ninguém quer ficar para trás. É preciso contar com funcionários que saibam como usar e extrair todo o potencial desse combustível. Somente assim será possível crescer e se destacar no mercado.

Inteligência emocional

Você sabe o que é inteligência emocional? É a capacidade que alguém tem de controlar suas emoções em situações estressantes. Logo, não há dúvida de que é uma habilidade importante para a indústria do futuro.

Na prática, uma pessoa emocionalmente inteligente consegue identificar e controlar seus impulsos, relaciona-se bem com os colegas e não se desespera quando algo sai do controle. Isso tudo é fundamental em uma rotina repleta de altos e baixos.

Criatividade

As máquinas e a automação jamais substituirão a criatividade humana. Por isso, essa é uma habilidade tão valorizada dentro da indústria.

Como o setor precisa ser inovador e encontrar soluções para os problemas do consumidor, as vagas de trabalho pedem essa habilidade. Afinal, a união da mente humana e de novos recursos tecnológicos é o segredo para o sucesso.

Por que desenvolver essas habilidades?

Ainda tem dúvidas sobre a necessidade de desenvolver essas habilidades? Então, você precisa saber que milhares de empregos serão gerados nos próximos anos, mas eles só serão preenchidos por quem estiver pronto para eles.

Segundo o Mapa do Trabalho Industrial 2017-2020, do Senai, mais de 13 milhões de empregos serão gerados para profissionais com formação técnica aplicada à indústria. Portanto, aqueles que se qualificarem e tiverem as habilidades exigidas pela Indústria 4.0 contarão com um diferencial competitivo no mercado de trabalho.

Lembrando que a indústria absorverá essa mão de obra qualificada porque é disso que ela precisa. Isso porque, quem reúne as habilidades mencionadas, tem mais capacidade de desenvolver um bom trabalho e de superar os desafios da rotina da manufatura.

Você já começou a se adaptar para a indústria do futuro? A decisão de se preparar e investir em desenvolvimento profissional é o primeiro passo para uma carreira de sucesso. Afinal, como ficou demonstrado, o mercado de trabalho está de portas abertas para quem está atento às suas demandas. Portanto, não perca mais tempo!

 

 

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Fonte: Nortel

 

5G e o impacto na indústria

 

O 5G (a internet móvel de quinta geração) chega ao mercado prometendo uma verdadeira revolução tecnológica mundial. Inclusive, aplicações que não são possíveis com o uso do 4G e que vão muito além da velocidade.

Serão impactados com o 5G diferentes setores, como:

  • Indústria;
  • Automobilismo (carros autônomos);
  • Medicina.

Essa tecnologia já é utilizada em cidades da China, Coreia do Sul, Reino Unido e Estados Unidos.

Em 2020, será a vez do Canadá, Noruega, Alemanha, Suíça, Japão e Austrália. No Brasil, a Anatel prevê que o leilão que definirá a distribuição de frequência aconteça no primeiro trimestre do mesmo ano.

Quando um novo recurso tecnológico surge, muitos são os questionamentos. Especialmente no que diz respeito à relação humana e a robótica.

Afinal de contas, dessa forma, a robótica industrial será ainda mais usada? Servirá para trabalhar em conjunto com pessoas?

Antes de falarmos como será o impacto do 5G na indústria, continue lendo este artigo para conhecer como essa tecnologia irá funcionar!

Afinal, o que é o 5G?

O 5G é um novo padrão de transmissão de dados. Proporciona maiores velocidades, cobertura e recursos em relação ao 4G – tecnologia atualmente presente no Brasil.

A promessa dessa tecnologia é conectar tudo, em qualquer lugar e o tempo todo. E oferecer um enorme potencial para a digitalização da economia, particularmente para a indústria.

Estima-se que o 5G oferecerá uma velocidade de 10 a 20 vezes maior que o 4G. Na prática, um arquivo de 1GB poderia ser baixado em menos de 10 segundos.

Porém, não se trata apenas de uma evolução de velocidade, como ocorreu na última transição para o 4G.

A migração para o 5G representa uma mudança de paradigma das comunicações, que possibilita a criação de novos produtos, serviços e modelos de negócio.

O que muda com o 5G?

O 5G é muito mais eficiente em lidar de maneira simultânea com milhares de dispositivos. Desde celulares a sensores de equipamentos, câmeras de vídeo e iluminação urbana inteligente.

Sua redução no atraso da circulação de informações expande as aplicações que usam big data, Inteligência Artificial (IA), realidade aumentada e infraestrutura urbana inteligente.

Possibilita, por exemplo, a popularização dos serviços de telepresença (que permitem videoconferência com quem está longe) em tempo real.

A tecnologia proporciona maior segurança, capacidade de tráfego, estabilidade e alta velocidade, características que o 3G e o 4G não foram capazes de oferecer. E uma das grandes vantagens é a redução da latência.

5G na indústria: menos latência nos processos

Latência é o tempo de resposta de um aparelho (delay), medido entre o momento em que ele recebe um sinal até a execução da ordem recebida.

Quanto menor a latência, mais rápida será a reação de um aparelho acionado à distância. No caso do 4G, esse delay é de 10 milissegundos; o 5G irá reduzir esse tempo a um milissegundo.

Para entender como isso funcionaria na prática, podemos utilizar o exemplo dos testes realizados em carros autônomos.

Nas redes 4G, a latência era tão alta que um veículo que estivesse a 100 km/h andaria cerca 1,4 metro até parar efetivamente ao detectar um obstáculo e enviar um comando de freio.
No 5G, o automóvel se mexe apenas 2,8 cm após o comando (distância comparada ao de um sistema de freios ABS).

Na indústria, um dos impactos será nos processos que utilizam Internet das Coisas (IoT), que serão muito mais velozes.

5G na indústria e a Internet das Coisas

A utilização do 5G na indústria poderá acelerar inovações, principalmente no que se refere à Internet das Coisas (IoT).

Com a popularização da nova tecnologia, qualquer objeto será capaz de se comunicar, o que levará a indústria a uma nova era.

As fábricas poderão expandir o uso de robôs e realidade virtual, enquanto os escritórios terão mais funções automatizadas por inteligência artificial.

Em abril deste ano, a empresa chinesa Huawei lançou um módulo 5G para carros autônomos, que precisarão de conexão móvel de alta velocidade para se orientar.

Já a Ford anunciou o lançamento do C-V2X, um sistema baseado na tecnologia 5G para a comunicação carro/carro e carro/nuvem, que estará presente em todos os automóveis lançados nos Estados Unidos até 2022.

Conectados e capazes de conversarem entre si, esses carros podem, em tempo real, tomar decisões sem depender de sensores e tecnologias caras, o que deve acelerar a viabilização desses modelos.

Assim como acontecerá com a robótica industrial, que vai funcionar de forma mais automatizada.

5G na indústria vai aumentar o uso de robótica?

As empresas são as grandes beneficiadas com o 5G. A tecnologia foi pensada para o mercado corporativo, pois entrega níveis de segurança, velocidade e estabilidade diferenciados.

O resultado disso é a aceleração da transformação digital dos negócios, incluindo o impulsionamento da robótica colaborativa industrial.
A robótica colaborativa é uma importante vantagem competitiva para a empresa, pois oferece facilidade na programação, não requer programadores experientes e pode ser realizada diretamente pelos operadores, no chão de fábrica.

Por isso, a chegada da tecnologia 5G deve impulsionar ainda mais a utilização de cobots (robôs colaborativos) em empresas de todos os portes. Em termos de produtividade, agrega flexibilidade e eficiência.

Robótica colaborativa com o 5G na indústria

Um processo de automação eficiente e com alta competitividade é uma das principais razões para uma empresa investir em cobots, tanto pelo incremento produtivo quanto pela garantia de segurança e cumprimento de normas técnicas.

Com longa e bem sucedida experiência em automação industrial, a Fersiltec está presente no mercado brasileiro de robótica industrial com o Aubo i5 e o Aubo i10, robôs que combinam as principais tecnologias esperadas em um braço robótico colaborativo. Ou seja, um robô industrial que trabalha em conjunto com pessoas na linha de produção.

Entre suas características, destaca-se o aumento da segurança dos colaboradores, liberando-os de trabalhos repetitivos, em ambientes sujos ou perigosos.

 

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Fonte: Fersiltec

 

Os ganhos de eficiência produtiva correspondem a uma economia de R$ 31 bilhões

A adoção de conceitos da Indústria 4.0 na matriz produtiva brasileira poderia gerar uma economia de R$ 73 bilhões ao ano. A quarta revolução industrial ou indústria 4.0 envolve o aumento da informatização na indústria de transformação, com máquinas e equipamentos totalmente integrados em redes de internet. Como resultado, tudo pode ser gerenciado em tempo real, até mesmo a partir de locais diferentes. “Inteligência artificial, robótica, análise de dados e a internet das coisas trabalham de forma integrada. Sensores permitem a rastreabilidade e o monitoramento remoto de todos os processos”, explica o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), Guto Ferreira. A introdução de tecnologias de inteligência artificial ajuda principalmente na manutenção de equipamentos?—?a ABDI estima que a redução dos custos com reparos pode chegar a R$ 35 bilhões ao ano. Os ganhos de eficiência produtiva correspondem a uma economia de R$ 31 bilhões. Os R$ 7 bi restantes são em diminuição no gasto com energia.

Outro benefício da Indústria 4.0 é a produção com menores impactos ambientais. “A otimização dos processos industriais pode levar a uma redução das emissões de CO2”, aponta o presidente da ABDI. Ele ainda destaca que é possível monitorar de forma pontual cada parte do processo produtivo: “isso resulta em uma produção mais sustentável, controlada e com menos gastos desnecessários. O consumo elevado de recursos naturais tende a cair”. A ABDI participa do grupo de trabalho do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), que está definindo as estratégias de implementação da Indústria 4.0 no Brasil. As empresas mais competitivas do ramo industrial já aderiram ao conceito. “Introduzir as técnicas no país garante que as empresas possam ganhar mercado lá fora, pois, o Brasil está pagando caro pela sua ineficiência”, afirmou Ferreira.

Impactos e oportunidades

O Brasil vai receber, em março de 2018, o Fórum Econômico Mundial, em sua versão América Latina, resultado de articulação do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). Durante o Fórum, será lançada a Estratégia Nacional da Indústria 4.0, as bases que irão nortear a quarta revolução no Brasil. O presidente da Fiesp, Paulo Skaf, durante o 1º Congresso Brasileiro de Indústria 4.0, promovido em parceria com a ABDI, em 5 de dezembro de 2017, lembrou que a mudança assusta em um primeiro momento, “mas precisamos enfrentar e tirar proveito dos impactos e das oportunidades. Ou nos preparamos e nos fortalecemos ou ficaremos para trás”, apontou.

Skaf lembrou que as coisas estão mudando numa velocidade muito maior. “Muito em breve, 100 anos valerão por 20 mil anos de transformações passadas. A educação vai mudar e nossos jovens que estão hoje na escola não têm ideia de quais profissões surgirão. Muitas ocupações morrerão, outras surgirão e é preciso estar preparado”, aconselhou.

Mudança de rota

Para o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Paulo Rabello de Castro, que também participou do 1º Congresso Brasileiro de Indústria 4.0, em São Paulo, o Brasil está atrasado na corrida da Indústria 4.0. “Temos de reconhecer nosso atraso e recuperar o tempo perdido. Primeiro, precisamos ter atitude para mudar de rota. Em segundo, estabelecer o que é importante para nos incluirmos nessa quarta revolução, desde a indústria, que é o berço dessa mudança, até os governos e a própria sociedade”, alertou, ao acrescentar que a indústria 4.0 irá impactar todas as atividades humanas, seja na educação, saúde, segurança, transporte, logística, cultura e hábitos de consumo.

“Também estamos falando da união entre as demandas de setores industriais tradicionais com as novas gerações que produzem soluções tecnológicas, as startups. O Brasil é altamente competitivo no ecossistema de startups e, cientes disso, lançamos recentemente o Programa Nacional Conexão Startup Indústria, que já está caminhando para a versão 4.0”, destacou o presidente da ABDI.

Foco na pesquisa

“Precisamos considerar fatores como mercado, infraestrutura e regulação”, afirmou o diretor presidente do Conselho Técnico Administrativo da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Carlos Américo Pacheco. “Muitas indústrias ainda estão na era 2.0, faltam políticas de fomento e subsídios”. Ele destacou ainda a coordenação de várias instituições para apoiar as empresas. “O foco da Fapesp está na pesquisa e no conhecimento tanto com viés acadêmico como tecnológico”, disse.

O diretor presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Emprapii), Jorge Almeida Guimarães, lembrou que a instituição presta serviços de fomento entre grupos de pesquisa aplicada e empresas no Brasil, com 42 unidades no país. “Um terço dessas unidades tem pesquisas sobre manufatura avançada”, disse.

Para o superintendente regional da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Oswaldo Massambani, é importante estimular o aumento do investimento privado em pesquisa, desenvolvimento e inovação. “Isso é fundamental para o país”, disse. “O governo já faz muitos aportes, mas sem o investimento privado não vamos conseguir avançar muito”.

Internet das Coisas

Marcos Pinto do Amaral, gerente de Planejamento Powertrain da Volkswagen, disse que várias empresas podem trilhar o mesmo caminho. A Indústria 4.0, uma revolução, precisa estar na cultura da empresa. É necessário mudar o “mindset” das pessoas, sensibilizando todos na empresa, além de qualificar e requalificar todos seus níveis.

A Internet das Coisas é ponto muito discutido na Volkswagen, afirmou. Destacou que apenas 27% dos projetos de IoT têm sucesso. Deu como receita redefinir o mindset, começar pequeno e adotar uma estratégia de longo prazo, selecionar parceiros que vão ajudar na pavimentação dessa estrada, reavaliar o negócio, inovar, pôr em foco um número limitado de tecnologias de IoT, daí construindo o próprio caminho.

Eduardo Almeida, vice-presidente para a América Latina da Unisys, disse que o software para permitir a interoperabilidade da cadeia de produção deixa de ser industrial. “Há tendência cada vez maior de fim dos protocolos próprios e adoção de protocolos abertos, para permitir a interoperabilidade. A segurança precisa permear tudo, mas a superfície de ataque cibernético é muito maior”, afirmou. As empresas precisam de colaboração entre equipes, de conhecimento, da criação de forças-tarefa para estudar vulnerabilidades. A segurança deve fazer parte de tudo que uma empresa faz, e é preciso ter em mente que ela sempre estará sob risco, alertou o executivo.

Marcos Giorjiani, diretor geral da Beckhoff, explicou que o que interessa para uma empresa é “fabricar bem”. Lembrou que o caminho não poder ser complicado, demorado e caro para chegar à Indústria 4.0. A automação, disse, tem que estar integrada à tecnologia da informação. A Indústria 4.0 requer o mais alto desempenho, o mais alto grau de funcionalidade integrada, a melhor integração com TI, a plataforma de automação mais aberta, o mais alto grau de liberdade de engenharia.

Experiência internacional

A presidente e CEO da IATI (Israel Advanced Technology Industries), Karin Rubinstein, disse que o seu país investe muito nas empresas nascentes de base tecnológica (startups). “Temos cerca de cinco mil startups em Israel, e são aceleradas, anualmente, aproximadamente 500”, afirmou.

Para Rubinstein, “criar uma cultura empreendedora e inovadora e fazer conexão direta do setor produtivo com a academia e parceiros internacionais pode ser o caminho para se alcançar o patamar da indústria 4.0”, disse, ao citar o Memorando de Entendimentos assinado durante o Congresso de Indústria 4.0, entre a IATI e a ABDI, com o objetivo de estimular parcerias de manufatura avançada entre os dois países.

O presidente do Instituto Sul-Coreano para Economia Industrial e Comércio (KIET), Byoung-Gyu Yu, destacou a importância de o governo brasileiro apoiar as micro e pequenas empresas. “Nos pequenos negócios estão grandes oportunidades e soluções para processos enxutos, flexíveis e inovadores. É isso que fazemos na Coreia do Sul, e com grande êxito e conexões entre as pequenas e grandes organizações”.

Já o diretor da Divisão de Criação de Produtos Virtuais do Instituto Fraunhofer, da Alemanha, Rainer Stark, afirmou que o mais importante para se alcançar a Indústria 4.0 é a coleta e interpretação dos dados. “Não adianta apenas automatizar. É importante saber coletar, interpretar e usufruir das informações no tempo certo para a correta tomada de decisão”, lembrou, ao destacar que as novas tecnologias advindas da Indústria 4.0 devem estar na estratégia central do governo e das empresas brasileiras.

 

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Fonte:ABDI

 

As perdas industriais geram queda nos níveis de eficiência, comprometem o desempenho financeiro e os resultados da organização, de modo geral. Mas na verdade, o grande problema é que essas perdas vão muito além do desperdício de matérias-primas.

Pensando justamente nisso é que resolvemos elaborar este post. Ao longo dos próximos tópicos, vamos explicar melhor esse cenário, mostrando com o que tais perdas estão relacionadas e o que pode ser feito para evitá-las. Continue a leitura para saber mais sobre o assunto!

Falhas administrativas

Nesse caso, as perdas não estão relacionadas a procedimentos operacionais e sim à gestão dos setores, das equipes e dos processos. Entre os principais problemas, podemos citar:

a emissão de notas fiscais com erros;
a compra de materiais incorretos;
a falta de instruções bem definidas;
a tomada de decisões com base em dados não confiáveis.

Como evitar

Antes de mais nada, é necessário fazer um mapeamento dos processos e, posteriormente, promover sua padronização.

Ao mapear os fluxos de trabalho é possível saber quais etapas são desnecessárias, podendo ser eliminadas, assim como dá para estabelecer a forma como as etapas que foram mantidas devem ser cumpridas.

Esse padrão deve ser formalizado para que os colaboradores envolvidos tenham ciência dos procedimentos adequados para cada situação. Em muitas empresas, isso é feito por meio da criação de um documento chamado instrução de trabalho.

Tal processo ajuda a reduzir o índice de erros e a necessidade de retrabalhos, que acabam refletindo lá na frente, quando o gestor precisa tomar uma decisão ou adotar novas estratégias.

Além do mais, é de suma importância investir em integração entre setores, principalmente quando as atividades são interdisciplinares.

Falhas operacionais

Na maioria dos casos, as falhas operacionais acontecem em decorrência de erros na execução ou por não terem sido planejadas corretamente. Isso quer dizer que, geralmente, surgem por:

falta de padronização nos métodos;
falta de uma rotina de manutenções preventivas estabelecida;
falta de treinamento adequado para a operação das máquinas;
desligamentos desnecessários.
As consequências desses problemas envolvem retrabalhos, possibilidade de atrasos na conclusão dos processos e perdas financeiras.

Como evitar

Mais uma vez, precisamos destacar a importância da padronização e da formalização dos processos. Além disso, a empresa deve investir em treinamentos, orientando os colaboradores a respeito dos cuidados rotineiros adequados para os equipamentos, o manuseio correto dos materiais, entre outras práticas.

Falhas na logística

Aqui, os problemas podem estar relacionados à falta de um layout otimizado para a fábrica, o que prejudica o fluxo dos materiais, faz os colaboradores percorrerem distâncias desnecessárias e demanda mais tempo do que o necessário para a conclusão do trabalho.

Essas perdas também podem estar ligadas ao transporte dos produtos até os clientes, com manuseio e acondicionamento incorretos das cargas dentro dos veículos. Até a escolha da transportadora pode se tornar problema nesse caso.

Como evitar

No momento em que os processos são mapeados, é possível ter uma ideia sobre quais deles estão ligados e são realizados em sequência. A partir daí, o ideal é que o layout seja planejado de forma a promover a execução dessas tarefas em setores próximos.

Esse cuidado contribui para a redução da movimentação dos itens e dos colaboradores, que vão de um lugar a outro da planta para buscar os materiais necessários. Como consequência, o desperdício de tempo é reduzido.

Como você deve ter concluído, esse também é outro problema que pode ser resolvido com a padronização dos processos e o treinamento adequado dos colaboradores.

Perda, falta ou excesso de matéria-prima

Há muitas situações em que esse problema é de responsabilidade tanto do setor de compras quanto da equipe encarregada do controle de estoque. Pode acontecer em decorrência de compras feitas sem o devido planejamento ou por problemas na gestão dos materiais.

Como evitar

Uma análise da Curva ABC ajuda a entender qual é o giro dos materiais (a frequência de saída), consequentemente apontando para o período e a quantidade ideais, de acordo com o planejamento da produção.

Outro ponto de suma importância para evitar ocorrências desse tipo diz respeito à integração entre as áreas de produção, compras e estoque. Por meio de uma comunicação eficaz, cada setor consegue acompanhar com maior precisão quais são os níveis dos itens, quando é o momento adequado de realizar novas aquisições e qual é a previsão de entrega dos fornecedores.

Nesse contexto, a empresa só faz a aquisição daqueles itens realmente necessários para determinado período, evitando faltas, excessos e até mesmo perdas — que podem acontecer por expiração de prazo de validade, deterioração ou obsolescência, por exemplo.

Perda por rendimento de materiais

Nesse caso, a falha pode ocorrer devido à desqualificação da mão de obra, gerando refugo, ou por problemas ligados à má qualidade do produto e ao desgaste das máquinas. Além disso, podemos citar ainda outras situações, como:

falta de padronização, levando à produção de itens com peso, tamanho ou outras características fora do considerado ideal;
qualidade abaixo do padrão;
perdas ocasionadas durante o startup da máquina ou no setup de determinada linha.

Como evitar

Espera-se que todo material enviado para a produção tenha determinado rendimento. Porém, por mais que essas perdas sejam indesejadas, é sempre bom estabelecer uma margem para algumas falhas que podem acontecer durante o processo.

Dito isso, também é de suma importância definir um padrão de qualidade e direcionar os esforços para que os materiais entregues estejam dentro do mínimo estabelecido, mesmo que isso signifique rever estratégias, trocar fornecedores ou até elevar um pouco os custos operacionais.

No fim das contas, a economia feita com a redução de perdas pode ser o suficiente para pagar essa diferença entre um insumo inadequado e um que realmente esteja dentro dos padrões estabelecidos.

Também vale a pena ressaltar a importância de estabelecer rotinas de manutenções nas máquinas e nos equipamentos, além da realização de treinamentos para qualificar os operadores responsáveis pela produção.

Como você sabe, as perdas industriais fazem parte da rotina. Por mais que uma fábrica alcance a excelência nos processos, dificilmente conseguirá contar com uma operação 100% isenta de falhas. No entanto, como pôde ver, existem sim formas de minimizar esse tipo de problema e os impactos gerados para os resultados.

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Fonte: Inovação Industrial

 

Separamos 10 gargalos mais comuns na produção. Infelizmente todos eles são problemas comuns que acontecem nas fábricas e acabam limitando ou prejudicando a produção de uma empresa.

Apesar de sabermos que sempre haverá um gargalo, saber como eliminar gargalos na produção é uma habilidade importante para um gestor industrial, afinal, é dessa forma que a indústria mantém a melhoria contínua em sua produção.

Neste artigo vamos listar quais são os tipos de gargalos na produção mais comuns e também como o gestor pode mitigá-los ou até mesmo eliminá-los. Vamos lá:

Lista com os mais comuns tipos de gargalos na produção
Para começar, vamos falar sobre os tipos de gargalos de produção que acontecem logo no início da produção e acabam gerando o maior nível de ociosidade na empresa.

1. Falta de matéria-prima

Para começar a lista, vamos a falta de matéria-prima como primeiro dos tipos de gargalos mais comuns na produção.

Acontece normalmente quando a fábrica não tem determinada matéria-prima ou a mesma possui uma especificação que não é suficiente para produzir o produto.

Para resolver esse problema, o ideal é o gestor melhorar a sua gestão de compras, aplicar conceitos como o Just in Time e também utilizar um sistema de gestão para prover a demanda e assim planejar as entradas de materiais.

Veja mais: Perdas na produção: conheça as principais causas de perda na sua produção

2. Matéria-prima antiga ou fora da validade

Acontece quando a fábrica frequentemente acaba não utilizando os materiais na ordem que entram e assim estes acabam ficando antigos, muitas vezes até perdendo a validade.

O ideal aqui é que a empresa utilize o formato PEPS ou FIFO (primeiro que entra, primeiro que sai) para garantir que a rotatividade de materiais não esqueça itens antigos sem uso.

Veja também: 64 siglas de gestão industrial que todo gestor precisa saber

3. Problemas com fornecedor

Outro tipo de gargalo na produção bastante comum é quando a empresa possui problemas com fornecedores, tais como: não cumprem o prazo de entrega ou entregam na quantidade errada.

O ideal aqui é selecionar bem os seus fornecedores e manter uma boa relação com eles, para assim reduzir as chances de problemas com eles.

Além disso, a sua empresa pode utilizar um sistema ERP industrial para controlar o estoque em poder de terceiros e assim monitorar a entrada e saídas no estoque do fornecedor.

4. Adequar a capacidade a demanda

Caso a fábrica não tenha os seus processos bem controlados, muitas vezes o gestor não sabe se a capacidade produtiva atual é suficiente para atender a demanda do período.

Para mitigar esse gargalo o gestor deve utilizar um sistema para saber qual a sua verdadeira capacidade, como estão as demandas e se a fábrica de fato está operando na velocidade necessária.

Tipos de gargalo durante a produção
Agora vamos aos gargalos que afetam a fábrica quando a produção já começou e os produtos estão sendo produzidos.

5. Falta de rastreamento

Isso acontece quando a fábrica não consegue rastrear uma ordem de produção para saber em que etapa do roteiro de produção está. Esse tipo de problema impede um controle melhor da produção e também pode deixar seus clientes insatisfeitos.

Para resolver é preciso de um sistema de gestão com rastreamento, capaz de identificar e acompanhar o avanço de cada ordem de produção no chão de fábrica.

Veja também: Como localizar pedidos na fábrica e melhorar o relacionamento com seus clientes

6. Falta de material durante a produção

Esse problema ocorre quando a produção precisa reduzir a velocidade ou até mesmo parar por falta de um material no meio do processo produtivo, podendo ser uma matéria-prima, insumo ou produto semi-acabado.

A fábrica precisa organizar os estoques e também a movimentação dos materiais para garantir que cada etapa possui os itens necessários para realizar o seu trabalho sem interrupções.

Veja também: Controle de materiais na indústria. Como fazer?

7. Falta de documentos digitalizados

Acontece quando uma indústria não possui uma boa gestão de documentos e gera muitos relatórios e documentos impressos que dão trabalho e podem desacelerar a produção por conta de burocracia e falta de organização.

Para solucionar esse problema, o gestor deve mudar os processos para tornar digital e automático a maior parte ou toda a geração de relatórios e documentos na produção.

8. Parada de máquina

Uma máquina parada pode prejudicar imensamente o resultado de toda a empresa. Especialmente se a sua equipe só perceber o problema depois de um tempo considerável.

Para resolver esse problema, o gestor deve:

Investir no tipo correto de manutenção;
monitorar os equipamentos com um sistema de gestão;
capacitar e empoderar a equipe para resolver problemas rápidos.

9. Falta de controle de estoque

Após a produção a empresa pode perder o controle dos produtos fabricados e/ou dos materiais comprados. Isso atrasa pedidos, gera prejuízos e insatisfações.

Para resolver o gestor precisa ter um sistema de controle de estoque e identificar todas as entradas e saídas do armazém.

Veja também: Gestão de estoque: dicas práticas para otimizar sua fábrica

10. Dificuldade para requisitar materiais

Se a empresa tem lentidão ou o processo de requisitar materiais é muito burocrático, isso pode impactar o desempenho de toda a produção, afinal a sua equipe precisará investir um tempo valioso nisso.

O ideal é que a empresa possua um sistema simples para requisitar materiais automaticamente dependendo da ordem de produção gerada.

Fonte: Nomus