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Segundo a Associados Distribuidores e Importadores de Rolamentos e Peças Industriais (ADIRPI), o Brasil atualmente tem em circulação/uso 20% dos rolamentos e peças industriais falsificados. O impacto deste mercado afeta não só a Indústria que produz de forma correta, mas principalmente o usuário final. As perdas podem chegar a custar vidas. Vamos aos impactos.

 

Econômico

Estamos falando de um mercado que movimenta rolamentos e paças falsificadas da ordem de 20%, ou seja,  R$ 200 milhões de um mercado que movimenta mais de R$ 1 bilhão ao ano.

Para a indústria os prejuízos causados são incalculáveis, siderurgias precisam parar suas operações de forma abrupta para troca de equipamento defeituoso, isso quando a peça não apresenta defeito imediato mas reduz a produtividade de forma preocupante.

 

Operacionais

Um rolamento adulterado pode colocar em risco a segurança, pois não possui as mesmas características técnicas dos originais, não suporta as mesmas cargas, aumenta a probabilidade de quebra prematura, danifica veículos, máquinas rotativas, causando prejuízos e acidentes graves, até mesmo fatais. Mineração, Químicas e Petrolíferas são forçadas a fazer paradas não programadas para substituir peças dentro dos prazos de validade por defeitos. Além disso, prejuízos de ordem pessoal por danos físicos a operadores e usuários de equipamentos com estas peças falsificadas.

 

Financeiro e Social

Temos um problema de arrecadação de impostos, geração de empregos diretos e indiretos, estimulo ao crime organizado e impactos nas vidas das pessoas que utilizam equipamentos por conta de danos graves.

 

Risco real

A indústria trabalha hoje com um risco de 20%, exatamente, a indústria que não se preocupa com a origem de seus rolamentos, está assumindo um risco de 20% de ter prejuízos incalculáveis.

 

Como afastar o risco

O grande problema é identificação de maneira visual  um rolamento falsificado, já que podem ser novos de qualidade inferior, gravados com marcas reconhecidas pelo mercado e atraem compradores pelos preços baixos. Alguns falsificadores reutilizam embalagens descartadas e rolamentos sucateados através de processo de usinagem e polimento, para depois vendê-los como originais novos. Os rolamentos falsificados são encontrados em toda a cadeia de fornecimento global e não se limitam a tamanho ou tipo. Apesar da percepção de que rolamentos menores para aplicações automotivas ou para eletrodomésticos predominam por serem fáceis de copiar, a falsificação dos grandes está cada vez mais comum no mercado industrial.

 

Equipe TRM

 

Em 2017, o tamanho do mercado de rolamentos globais atingiu US $ 68 bilhões, com a Ásia representando 45%, Europa 28% e América 25%. Em particular, o mercado de rolamentos asiáticos é concentrado principalmente no Japão, na Índia e na China.

Dos 25% do mercado mundial, as Américas, sobretudo os EUA, Canadá e México representam cerca de 80%. Na América do Sul, o Brasil é o principal mercado e representa mais de 50% da demanda regional.

Recentemente foram levantados os números e previsões para o cenário industrial de 2018. O mercado elevou previsão de crescimento da economia para 2018 e o governo ampliou a previsão de crescimento do PIB de 2018 para 3%. Mercado prevê crescimento de 2,64% em 2018.

Como um dos principais produtores de rolamentos do mundo, a China produziu 20,2 bilhões de conjuntos de rolamentos em 2017, aumentando 3,1% em relação ao ano anterior. A produção de rolamentos chineses deverá chegar a 21,5 bilhões de conjuntos em 2018.

As vendas através de distribuidores (distribuição industrial e mercado de automóveis independente) mantiveram cerca de 30% da demanda global, dos quais cerca de 25% estão relacionados ao mercado de veículos e cerca de 75% ao mercado industrial.

Atualmente, o automóvel é o maior mercado de aplicações para rolamento na China. A demanda por rolamento automotivo no país foi de 1,2 bilhão de conjuntos em 2017, e deverá crescer para 1,3 bilhões em 2018.

TRM