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Nós entendemos muito bem sobre rolamentos, mas sabemos o quanto é importante também cuidar de outras áreas da sua fábrica ou indústria para ter uma operação sem desperdício. Por isso separamos neste artigo os erros mais comuns que dificultam a eficiência energética das fábricas e as soluções recomendadas para melhorar o consumo energético.

Você sabia que as mais de 573 mil indústrias brasileiras consomem cerca de 41% de toda a energia elétrica gerada no país, segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI)? Por isso, priorizar a eficiência energética da fábrica é uma necessidade recorrente dentro do setor.

Além disso, a relação entre eletricidade e produção industrial é estreita, afinal 50% dos custos é proveniente da energia elétrica. Assim, é preciso que a indústria identifique quais são os erros que mais prejudicam a eficiência energética da indústria para, então, ponderar ações para resolvê-los.

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Por isso, vale conhecer os três principais erros que prejudicam a eficiência energética da indústria, assim como as soluções para resolver esses problemas. Acompanhe.

Erros dificultam a eficiência energética da indústria e a saúde financeira da fábrica
Não é novidade que a energia elétrica da fábrica representa um insumo essencial para o setor. No entanto, todo esse consumo não é, necessariamente, um fator positivo. Afinal, ainda existe uma lacuna em programas de eficiência energética da indústria, principalmente devido a uma série de fatores e erros cometidos.

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Para Flávio de Souza, Diretor Comercial da CPFL Soluções, a falta de eficiência energética traz, direta e indiretamente, consequências desagradáveis à indústria. “A principal deficiência é a dificuldade em reduzir custos e melhorar o desempenho dos equipamentos, sem comprometer o conforto e a qualidade do ambiente de trabalho”.

Nesse cenário, o alto consumo de energia elétrica acaba por gerar baixa produtividade. “Somadas, essas consequências podem afetar significativamente a saúde financeira das fábricas”, complementa.

As 3 falhas que mais comprometem a eficiência energética da fábrica

A falta de eficiência energética da indústria costuma ser motivada por uma série de falhas:

Parques fabris muito antigos
Em muitas indústrias, parte da energia consumida é utilizada para operar motores. No entanto, aparelhos e equipamentos antigos, geralmente com mais de 25 anos, gastam mais energia do que seus modelos mais novos.

“Este problema vale para monitores de computador, refrigeradores, ar-condicionado e tantas outras máquinas comumente usadas em parques fabris”, indica Souza.

Manutenções não realizadas ou atrasadas
Empresas que subestimam a necessidade de manutenção do seu setor fabril estão colocando em risco a produção, seus funcionários e, claro, seu caixa.

“Deixar para depois qualquer tipo de conserto, substituição de peça, readequação de carga elétrica e modernizações de sistemas traz consequências que, muitas vezes, acabam interferindo na estratégia do negócio e até mesmo em sua competitividade”, complementa o diretor.

Falta de conhecimento e erro quanto à gestão sobre a capacidade de produção
A falta de conhecimento sobre o uso de maquinário pode causar um mau aproveitamento do seu potencial. Esse erro resulta em manutenções e, até mesmo, outros custos desnecessários.

Além disso, investir em aparelhos fora do nível de necessidade de entrega de produção gera queda da eficiência energética da fábrica, resultando em fatura mais cara no final do mês, desgaste desnecessário do maquinário e tempo ocioso do equipamento e operadores.

Soluções para otimizar a eficiência energética da fábrica

Como vimos, os problemas no consumo de energia afetam seriamente a eficiência energética da fábrica. No entanto, há diversas soluções no mercado capazes de corrigir esses erros e conduzir um programa de eficiência energética da indústria.

A simples substituição de lâmpadas fluorescentes por modelos de LED pode impactar positivamente na eficiência energética da fábrica. Mas, além da iluminação, outras medidas podem ser adotadas, tais como:

  • Gestão de Energia e Telemetria: com a consultoria, além de ter acesso aos relatórios automatizados, é possível também fazer análises que podem contribuir para tomada de decisões com um diagnóstico mais preciso dos pontos que requer adequações.
  • Modernização de equipamentos: é fundamental modernizar aparelhos para buscar o máximo desempenho sem que isso represente aumento de custos. Para Souza, a simples “substituição de equipamentos antigos por mais atuais representa um ótimo custo-benefício no longo prazo”.
  • Manutenções periódicas: atingir novos mercados e conservar os já conquistados exige conciliar produtividade e qualidade. Nesse cenário, a manutenção dos equipamentos adquire um papel estratégico bastante importante.


“Quando há uma política de manutenção alinhada com os objetivos organizacionais, os resultados são evidentes: antecipação e solução de falha, alto grau de funcionalidade e otimização do custo global”, ressalta Flávio de Souza.

  • Instalar sensores de presença: mesmos simples, esses equipamentos são ótimos aliados das empresas na busca por máxima economia. Com eles, as luzes dos ambientes somente estarão acesas quando realmente alguém estiver no local, evitando desperdício de energia.
  • Orientar e conscientizar pessoas: envolver os funcionários no desafio de otimizar a eficiência energética da fábrica também é importante. Por isso, envolver todos os colaboradores e dar dicas de bons hábitos de consumo e economia de energia durante o trabalho pode ser uma boa estratégia para a tão desejada eficiência energética da indústria.
  • Investir em novas tecnologias: o investimento em equipamentos que vão economizar energia através de fontes renováveis é mais do que importante hoje em dia. No longo prazo, os investimentos vão gerar redução na conta de luz e ainda podem ser uma fonte de renda, com a entrada no negócio do mercado livre de energia.

Por fim, fica claro que a otimização da eficiência energética da indústria é uma necessidade recorrente. Cabe ao setor corrigir os erros para promover máxima redução de custos no uso deste insumo.

E assim como este cuidado com a eficiência energética faz muita diferença na sua operação, manutenção de rolamentos ou aquisição de rolamentos de qualidade também é essencial, temos um artigo que fala deste cuidado com os rolamentos ( Lei clicando aqui ).  Conte com a TRM para aquisição de rolamentos com o melhor custo benefício do mercado.

 

 

Equipe TRM 

Fonte: A Voz da Indústria

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Como Internet das Coisas, Big Data e Machine Learning podem contribuir para a gestão de energia e utilidades na Indústria.

Nossos últimos informativos trataram sempre com muita atenção os aspectos da Indústria 4.0  e o impacto desse novo modelo não só na indústria mas na sociedade como um todo. E por ser um tema extremamente relevante, julgamos importante dar continuidade.

Estamos apenas com a passagem de ida sem direito a volta quando falamos das transformações digitais dos mercados industriais na chamada Quarta Revolução Industrial, cujo a qual estamos todos embarcando. Isso vai alterar todos os processos de manufatura, logística nas cadeias de suprimentos (Logística 4.0), na indústria química, na energia, no transporte, em setores como óleo e gás, mineração e metalurgia, além de outras indústrias como recursos naturais, saúde, fármacos e até nossas cidades.

Vamos abordar 4 pontos relevantes no que se refere a gestão de energia na Indústria!

1. Supervisão extensiva 

O surgimento de tecnologias para operacionalização e monitoramento de sistemas industriais possibilita a captura de dados em resoluções cada vez maiores, viabilizando análises cada vez mais poderosas. Na gestão de energia e utilidades, medidores físicos (instrumentos) sofisticados são capazes de interpretar grandezas físicas que possibilitam a compreensão dos processos de interesse, monitorando variáveis que vão desde a potência aplicada, por exemplo, até harmônicas que descrevem a qualidade da energia elétrica consumida.

Atento ao desenvolvimento tecnológico, os custos de aquisição e instalação de sensores e instrumentos modernos têm se tornado cada vez mais acessíveis, o que permite conhecer extensivamente e em profundidade as características dos processos industriais de interesse, possibilitando a redundância de medições e a obtenção de dados de alta qualidade – essencial para o planejamento, controle e melhoria das eficiência energética e operacional.

2. Industrial Internet das coisas (IIoT) 

A Internet das Coisas também é mais um conceito amplamente difundido, e se refere a toda uma “rede de dispositivos físicos embarcados com sensores, atuadores, eletrônica e conectividade, possibilitando a integração do mundo físico aos sistemas informatizados”. No nosso contexto, a Internet Industrial das Coisas, termo muitas vezes usado como um sinônimo para a Indústria 4.0, diz respeito à aplicação de tecnologias como Machine Learning e Big Data para explorar dados de sensores, comunicação entre máquinas (M2M) e sistemas de automação para aprimorar processos industriais e de manufatura.

Na gestão de energia e utilidades, a Indústria 4.0 se materializa na conectividade entre instrumentos de medição e toda a arquitetura de automação e informação de organizações industriais, estendendo as capacidades de coleta, comunicação e armazenamento de grandes volumes de dados relacionados ao consumo, geração e transformação de insumos energéticos.

3. Data base – Análise de grandes volumes de informação

Aplicações industriais típicas podem envolver milhares de medidores coletando dados em altas frequências, gerando gigabytes de dados a cada dia – em aplicações de qualidade de energia, por exemplo, medidores especializados chegam a amostrar a rede a cada milissegundo.

Essa abundância de dados e a crescente disponibilidade de recursos computacionais, possibilita a aplicação de técnicas específicas de inteligência artificial com o objetivo de promover a predição de variáveis e a identificação de padrões de interesse em diferentes processos industriais.

O desenvolvimento de modelos de predição baseados em dados coletados de operações industriais, pela própria natureza dos fenômenos que os produzem e pelas limitações dos instrumentos que são utilizados para capturá-los, envolvem níveis consideráveis de ruído, e impõem pressões adicionais aos requisitos de volume, variedade, velocidade e veracidade dos dados, comuns a aplicações de Big Data. Algoritmos eficientes para tratamento da qualidade dos dados tornam-se, assim, tão imprescindíveis quanto os algoritmos para construção dos modelos de predição.

No gerenciamento de energia e utilidades, os dados disponíveis podem dar origem, por exemplo, a:

  • modelos de predição de consumo energético (ou geração de energia) de operações, a partir de níveis planejados de produção e de outras variáveis de contexto;
  • modelos para o aprendizado e o estabelecimento de modos ideais de operação, que promovam níveis efetivos de consumo energético;
  • modelos para análise da eficiência energética de processos, a partir da captura de variáveis de entrada e saída e do conhecimento sobre os fenômenos de transformação envolvidos.

4. Gestão eficiente e sustentável

Por trás de todo o investimento em Indústria 4.0 está um objetivo comum: aumentar a eficiência e a competitividade de uma operação. Os benefícios são diretos e carregam o potencial de estabelecer um ciclo virtuoso de investimento, resultado e reinvestimento: mais competitividade se reverte em melhores resultados financeiros; com mais caixa, mais investimentos podem ser destinados à expansão de capacidade, às tecnologias de produtividade, à eficiência operacional e à eficiência energética; a maior eficiência garante menores níveis de emissões de gases de efeito estufa, reduzindo o impacto ambiental, além de melhorar a qualidade do trabalho, ambos impactando positivamente a comunidade.

A Gestão de Energia e Utilidades na Indústria 4.0

Um dos principais pilares da Indústria 4.0 é gestão de energia. A motivação vem de uma combinação de aspectos ambientais, pressões de custos, regulações e mesmo da proatividade de organizações na direção do consumo eficiente de energia e utilidades.

Ademais, a integração de diferentes fontes de geração de energia em um mercado cada vez mais exigente e distribuído, necessariamente contará com tecnologias de gerenciamento capazes de reconhecer, predizer e atuar de forma a garantir qualidade, sustentação e eficiência, inclusive de custos, ao consumo energético.

Sistemas modernos de gestão de energia e utilidades devem ser capazes de explorar um grande volume de dados coletados por diferentes tipos de medidores sobre diversas variáveis de interesse para uma determinada operação industrial, congregando os conceitos acima – monitoramento extensivo, Internet Industrial das Coisas, análises de grandes volumes de dados e eficiência e sustentabilidade – em torno de um objetivo comum, integrado e robusto.

 

Equipe TRM – Juntos venceremos essa batalha!
Fonte: Viridis Energy

 

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